quinta-feira, 16 de junho de 2016

Direita faz campanha contra haitianos no Brasil





Imagem de internet

Desde sua independência, o país vive sob intervenção do imperialismo

No último período, a direita lançou uma campanha enorme contra os direitos democráticos dos negros e contra a imigração negra no país, como é o caso dos haitianos e dos africanos.

Essa campanha se resume no aumento da perseguição aos ambulantes, ao trabalhador informal, ao estimulo para que as polícias, federal, civil e militar não respeitem direito algum desse povo, e para que o imigrante negro não consiga um emprego regular no Brasil.

A campanha em favor do desemprego de negros imigrantes é importada das economias capitalistas em crise, como as dos países europeus. É de lá que vem toda a campanha contra a imigração, e também dos Estados Unidos, que persegue brutalmente os imigrantes latinos, árabes e negros.

No Brasil, a direita se insurgiu contra a imigração haitiana no país. Já está na casa da centena o número de ataques contra os haitianos, tanto pela polícia quanto por grupos de extrema direita.

A direita pretende, por outro lado, conseguir uma nova mão de obra de escravos. Como os imigrantes não conseguem seus direitos trabalhistas, são contratados para empregos que não respeitam nenhuma legislação.

É o caso de Alix Mustivas, que, depois de lesionado, foi tratado pelo patrão como um escravo, segundo o relato contido na matéria do site Pragmatismo Político. “Se você quer, pega. Se não quer, não quer“, disse o chefe quando Mustivas estava com a coluna machucada e o braço fraturado.

Mustivas, como milhares de haitianos, veio ao Brasil em busca de uma vida melhor, e atualmente mora em Curitiba. Em um dos empregos que já pegou, “o chefe pagava R$ 70 por dia, mas não queria assinar a carteira de trabalho. Ele dizia que ia assinar na semana seguinte, mas nunca assinava. Eu estava em uma situação que tinha que pagar aluguel, ajudar minha filha, não podia ficar parado”.

Os haitianos começaram a chegar ao Brasil em maior volume depois do terremoto que deixou o país quase completamente destruído. Logo em seguida, uma epidemia de cólera, levada pela ONU ao Haiti, matou outros milhares de haitianos, e forçou ainda mais a nação irmã a mandar haitianos para o Brasil, que, na lei, possui uma das mais democráticas legislações no tocante à imigração.




Lí no Diário online Causa Operária