domingo, 27 de março de 2011

AVISO AOS AMIGOS LEITORES DO BLOG



Á PARTIR DE AMANHÃ O BLOG NÃO TERÁ MAIS ATUALIZAÇÕES DIÁRIAS COMO TEM SIDO;
ESTAREMOS EM UM PROPOSITO ESPECIAL DURANTE 21 DIAS E COM CERTEZA VOLTAREMOS MELHOR, COM NOVAS IDÉIAS E NOVO FORMATO. 
RETORNAREMOS ÁS PUBLICAÇÕES DIARIAS Á PARTIR DO DIA 17/4/2011.
AGRADEÇO Á TODOS QUE VISITAM NOSSO BLOG E, É COM CARINHO QUE ME DESPEÇO MOMENTANEAMENTE.


DEUS ABENÇÕE Á TODOS




by Brazuka in Japan

Radiação da água em Fukushima está 10 milhões de vezes acima do normal

Pesquisa revela descontentamento de cidadãos com manejo da crise nuclear
Manifestante com máscara protesta contra a empresa Tepco em frente à sede da companhia em Tóquio
A água encontrada junto do reator 2 da usina nuclear de Fukushima Daiichi, no leste do Japão, apresenta um nível de radiação 10 milhões de vezes maior do que o normal, segundo informou neste domingo (27) a Agência de Segurança Nuclear do país.


De acordo com a agência, existe uma grande possibilidade de que esta água esteja vazando diretamente de dentro do reator. Os funcionários que tentavam bombear a água para fora do reator 2 foram retirados do local, para evitar exposição à radiação.
O correspondente da BBC em Tóquio Mark Worthington afirma que essa é de longe a amostra de água mais radioativa já encontrada na usina de Fukushima desde o início da crise nuclear, que se seguiu ao terremoto de 9 graus na escala Richter do último dia 11.
O terremoto, que foi seguido de um tsunami, causou graves danos na usina, que teve o sistema de refrigeração dos reatores desligado. Isso traz grande risco de vazamento de material radioativo no local.
A Agência de Segurança Nuclear informou ainda que o nível de radiação na água do mar próximo à usina aumentou para 1.850 vezes acima do normal. Neste sábado (26), o nível era de 1.250 vezes além do limite permitido em lei.
A agência afirmou que esses níveis de radiação não trariam risco em um período superior a oito dias. No entanto, segundo o repórter da BBC, o aumento da radioatividade em poucas horas já causa preocupação - ainda mais porque a origem do vazamento é desconhecida.
A identificação da origem do vazamento de água contaminada continua sendo a maior prioridade das equipes em Fukushima, segundo afirmou a agência. Existe a suspeita de que a água radioativa esteja saindo dos reatores e indo diretamente ao mar.
Por outro lado, as autoridades dizem que os níveis de radiação no ar próximo à usina estão em queda.
O governo também se desculpou pela falta de informações detalhadas para as pessoas que moram nas áreas mais próximas de Fukushima, mas afirmou que não existe necessidade imediata de estabelecer uma zona de retirada no local.
Empresa diz que continua a trabalhar no resfriamento de reatores
A Tokyo Electric Power Company (Tepco), empresa que administra a usina, afirma que continua trabalhando para restabelecer a energia elétrica e para religar o sistema de resfriamento nos reatores.
No entanto, a companhia alega que os altos níveis de radiação no local estão tornando mais lento o progresso dos trabalhos.
Os trabalhadores da Tepco continuam bombeando água fresca para dentro dos reatores um, dois, três e quatro, na tentativa de conter o derretimento dos cilindros de material radioativo.
Pesquisa revela que japoneses desaprovam resposta à crise nuclear
Uma pesquisa realizada pela agência de notícias Kyodo, divulgada neste domingo, aponta que 58,2% dos entrevistados desaprova a maneira como o governo japonês respondeu à crise nuclear, enquanto 39,3% aprovaram as ações das autoridades.
Por outro lado, 57,9% das pessoas consultadas aprovam a maneira como o Estado lidou com a ajuda às vítimas do terremoto e do tsunami do último dia 11. Já foram confirmados mais de 10 mil mortos pela tragédia. Os desaparecidos chegam a 18 mil.
Ainda segundo a pesquisa, o nível de aprovação do primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, chegou a 28,3%, um aumento de 8,4 pontos percentuais em relação ao levantamento passado, realizado antes do terremoto.


OPERÁRIOS SÃO RETIRADOS DE USINA NO JAPÃO APÓS RADIAÇÃO
Água em reator tem radiação 10 milhões de vezes superior à normal.
Nível de iodo radioativo no mar é 1.850 vezes maior do que padrão.

sábado, 26 de março de 2011

Bairro da Liberdade sedia eventos em favor de vítimas no Japão Eventos acontecerão no Centro de São Paulo.


Eventos acontecerão no Centro de São Paulo.
Dinheiro arrecadado nas ações será encaminhado para o Japão

Das 11h até as 19h, haverá aulas sobre como fazer yakissoba, prato típico oriental. Os interessados poderão aprender os segredos da receita com jovens da comunidade japonesa. Os ingredientes que serão usados na confecção dos alimentos foram todos doados. Toda a verba arrecadada será encaminhada para as vítimas do tsunami.A partir das 7h, a feira-livre conhecida como Aoba Matsuri, será organizada na Rua Fagundes, próxima ao Metrô São Joaquim. A feira acontecerá até as 19h e parte do dinheiro arrecadado também será enviado para o Japão.
Além disso, dois workshops acontecerão entre as 11h e as 19h deste sábado. Em um deles, o público poderá ter sua imagem transformada em mangá, arte dos quadrinhos japoneses.
No outro, o objetivo será fazer origamis, dobraduras no formato de animais. A associação pretende fazer dez mil tsurus, origamis de pássaro. No oriente, essa figura simboliza saúde e felicidade.
No Espaço Kohii, que fica na Rua da Glória, próximo ao Metrô Liberdade, haverá um mural de tecido de 12 metros, onde as pessoas poderão deixar mensagens de apoio para os japoneses. O mural ficará exposto até o dia 30 de abril. Após essa data, ele será encaminhado para as pessoas que sofreram com o terremoto.
CAMPANHA EM SP PARA VÍTIMAS NO JAPÃO ARRECADA QUASE 500 MIL 
A campanha organizada por cinco entidades nipo-brasileiras para ajudar as vítimas do terremoto e do tsunami que devastaram o Japão recebeu 2 mil depósitos em oito dias e já arrecadou R$ 480 mil. Por orientação do governo nipônico, o dinheiro arrecadado vai ser entregue à Cruz Vermelha japonesa.
“O menor valor que eu vi em uma das contas era R$ 10 e observando o nome do doador não é nome de descendente de japoneses. O povo brasileiro está envolvido com esse espírito de solidariedade”, afirmou Ignácio Tadayoshi Moriguchi, presidente da Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo.

“Apesar de o país ser desenvolvido, o pessoal está passando por uma dificuldade muito grande”, disse o massoterapeuta Roberto Shimada.
O Japão sofre as consequências do terremoto mais forte da história do país. O tremor, seguido por um tsunami, devastou a região nordeste do arquipélago no dia 11 deste mês. O número de mortos e desaparecidos passa dos 20 mil.
O temor agora é de uma contaminação radioativa. O terremoto danificou a usina nuclear de Fukushima e houve vazamento de substâncias tóxicas. “Eu tenho irmãos que estão na região, embora estejam a 600 km, acho que preocupa bastante”, disse Vilma Watanabe.
Quem quiser coloborar pode fazer um depósito nas seguintes contas:
Bradesco
agência 0131-7
conta corrente 112959-7
Ou c/c 131.000-3
Santander
agência 4551
conta 13090004-4
Banco do Brasil
agência 1196-7
conta corrente 29921-9

Mar de Fukushima tem iodo radioativo 1.250 vezes superior ao padrão


Registro é da Agência de Segurança Nuclear do Japão.
Governo japonês vem inspecionando peixes e mariscos da região

Um índice de iodo radioativo 1.250 vezes superior ao padrão foi encontrado no mar próximo à central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, informou neste sábado a Agência de Segurança Nuclear.Segundo a agência, os testes foram realizados pela Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da central nuclear.“Se alguém bebe 50 centilitros de água com esta concentração de iodo atingirá de uma só vez o limite anual que pode absorver. É um nível relativamente elevado”, explicou um porta-voz da agência. O mesmo funcionário destacou que a radioatividade registrada na costa “se diluirá com a maré, impedindo que uma concentração muito alta seja absorvida por algas e animais marinhos”.
“A concentração de iodo cai à metade a cada oito dias e quando a população efetivamente tiver acesso a estes produtos do mar, seu volume estará reduzido de maneira significativa”, afirmou o porta-voz.
O índice de iodo 131 já estava 126 vezes acima do padrão na terça-feira (22) passada no litoral próximo à central de Fukushima Daiichi. O governo japonês decretou então um reforço no controle sobre peixes e mariscos procedentes da costa atingida.
Fukushima Daiichi, situada 250 km a nordeste de Tóquio, foi varrida por um tsunami de 14 metros que interrompeu o fornecimento de energia e provocou o colapso na refrigeração dos reatores, após a paralisação das bombas d'água, iniciando uma crise nuclear.
O primeiro-ministro japonês admitiu na sexta-feira (25) que a situação segue “imprevisível” em Fukushima.

Reator volta a preocupar e Japão pede que pessoas deixem suas casas voluntariamente

Agência de segurança diz que é "altamente provável" que exista vazamento em reator 3
A agência de segurança nuclear do Japão disse nesta sexta-feira (25) que é altamente provável que materiais radioativos estejam vazando do problemático reator número 3 da usina nuclear de Fukushima.

Enquanto isso, o governo japonês encorajou as pessoas que vivem dentro de um raio de 20 km a 30 km da usina a deixar voluntariamente a região, citando preocupações sobre o acesso às necessidades diárias. Também está mantida a recomendação para que os residentes permaneçam no interior de suas casas e evitem contato com o ar.
Segundo a agência de notícias japonesa Kyodo, foi detectado nesta quinta-feira (24) um alto índice de radiação na água que resfria a turbina do reator 3 de Fukushima, o que parece ter se originado no núcleo do equipamento, informaram o governo e a Agência de Segurança Industrial.
A emissora japonesa NHK reporta que, segundo funcionários, a pressão dentro do núcleo do reator é estável e a agência de segurança nuclear não acredita que ele está trincado ou quebrado. Mas diz que é muito possível que os materiais radioativos estejam vazando em algum lugar dentro do reator.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, alertou nesta sexta-feira que continuava muito instável a situação na usina nuclear danificada pelo terremoto do dia 11 de março, seguido de tsunami, no nordeste do Japão.
Para Kan, a situação em Fukushima não estava piorando, porém não era momento de “complacência”, disse em uma coletiva de imprensa.Autoridades recomendam saída

O governo japonês solicitou para que as autoridades dos municípios mais próximos da usina nuclear estimulem a saída da população para longe, prometendo que irá dar todo o suporte para realocá-los em outras cidades, afirmou o chefe de gabinete Yukio Edano.
De acordo com a Kyodo, Edano parou rapidamente de declarar um pedido de esvaziamento para evitar os temores sobre o crescente perigo de vazamento de radiação, apesar das críticas dos municípios e moradores de que a resposta do governo central tem sido ''devagar'' em divulgar as instruções de precaução.
Em uma possível nova diretiva do governo, o chefe de gabinete disse que a Comissão de Segurança Nuclear do Japão analisa a possibilidade de uma retirada com base nas “condições de vida” da população, em vez de analisar apenas questões de segurança.
Até o momento, a ordem de esvaziar as regiões tem sido tomada apenas com base no nível de radiação, e não na qualidade de vida.
Na semana passada, o governo dos Estados Unidos chegou a sugerir que a área de isolamento ao redor da usina fosse de 80 km, porém o governo japonês achou o número exagerado. Mesmo assim, os americanos pediram aos seus cidadãos que seguissem suas recomendações para deixar o local.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Radioatividade chega a verduras cultivadas em Tóquio

Variedade de espinafre apresentou índices acima do normal, diz TV
O Governo japonês detectou césio radioativo superior ao limite permitido em um tipo de espinafre cultivado em um distrito de Tóquio, informou nesta sexta-feira (25) a rede de televisão NHK.
A verdura komatsuna, uma variedade de espinafre, apresentou concentração de césio radioativo de 890 becquerel por quilo, enquanto o limite legal é de 500. A verdura foi cultivada em um centro de pesquisa do distrito de Edogawa, em Tóquio, e não seria comercializada, segundo a NHK.
Esta é a primeira vez que em que radiação é detectada em verduras cultivadas em Tóquio, onde esta semana se registrou uma concentração de iodo na água corrente superior ao limite permitido para os bebês.
O Governo metropolitano emitiu o alerta para que o líquido não fosse ingerido por crianças com menos de um ano. Havia sido registrada concentração de iodo radioativo (isótopo I-131) superior a 100 becquerel por quilo (o limite para bebês) na água das Prefeituras de Tóquio, Fukushima, Ibaraki, Chiba, Saitama e Tochigi.
O iodo radioativo não existe na natureza e acredita-se que tenha sido transportado pelo vento desde a usina nuclear de Fukushima, onde operários e militares tentam controlar o vazamento de radiação desde o terremoto do dia 11.As autoridades japonesas insistiram que os níveis de material radioativo detectados na água de Tóquio e de outras localidades não representam risco imediato para a população e que não há perigo para os adultos que a beberem.
Problemas com alimentos em Fukushima
Ao mesmo tempo, o governo federal recomendou que não sejam consumidas verduras como espinafre, brócolis e couve produzidas na Província de Fukushima, onde está localizada a usina nuclear danificada.
O governo do Japão também pediu que a população não beba leite e não coma salsinha da Província vizinha de Ibaraki devido a níveis de radiação superiores ao normal.
Segundo indicou em entrevista coletiva Yukio Edano, porta-voz do Executivo japonês, essas medidas foram adotadas "por precaução".
Ao mesmo tempo, o prefeito de Tóquio, Shintaro Ishihara, pediu "calma e sensatez" à população da capital japonesa diante da recomendação e assinalou que o consumo de água da torneira é seguro para os adultos.
Mortos e desaparecidos passam de 27 mil
O número de mortos e desaparecidos na tragédia que devastou o nordeste do Japão superou a marca de 27 mil, segundo o balanço mais recente da polícia.
De acordo com a polícia, foram confirmadas 10.035 mortes. Além disso, 17.443 pessoas estão oficialmente desaparecidas. Cerca de 250 mil estão abrigadas em instalações provisórias.
Este é o maior desastre natural ocorrido no Japão desde o terremoto de Kanto em 1923, no qual morreram 142 mil pessoas.

China interna japoneses contaminados por radiação

Consulado em Xangai diz que viajantes foram levados ao hospital e liberados no mesmo dia
Dois cidadãos japoneses foram hospitalizados brevemente na China depois de as autoridades locais terem detectado altos níveis de radiação no momento de sua chegada ao país, informou nesta sexta-feira (25) o Consulado do Japão em Xangai. 

De acordo com a representação diplomática, os dois japoneses receberam alta e, neste momento, seu paradeiro é desconhecido. As autoridades chinesas assinalaram que os estrangeiros entraram no país por meio da cidade de Wuxi, na Província de Jiangsu.

A Administração Estatal de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ, na sigla em inglês) informou em seu site que os níveis de radiação dos dois japoneses "superavam gravemente os níveis normais". Por isso, a agência acionou as autoridades sanitárias e ambientais, e os dois cidadãos japoneses foram internados no Segundo Hospital Filiado de Suzhou para diagnóstico e tratamento.

Apesar das medições acima do normal, os especialistas consideraram, segundo a AQSIQ, que o nível de radiação dos dois japoneses "não representa um perigo para os demais".

O consulado só pôde confirmar que dois cidadãos japoneses foram hospitalizados na última quarta-feira (23) na cidade de Suzhou, capital da Província de Zhejiang, cerca de 80 km ao norte de Xangai, e que receberam alta no mesmo dia.

A representação diplomática japonesa informou que desconhece a origem dos viajantes, seu ponto de entrada na China e o propósito de sua estadia no país. O consulado também não confirmou se os dois cidadãos do país procediam de alguma região próxima à zona afetada pelo acidente nuclear da usina Fukushima.

Este é o primeiro caso de japoneses barrados na China com níveis alarmantes de radiação desde o terremoto e tsunami de 11 de março, que afetaram gravemente a usina nuclear de Fukushima.

Na manhã desta sexta-feira, uma embarcação japonesa da companhia Mitsui OSK Lines também ficou retida no porto de Xiamen, na Província de Fujian, por níveis anormais de radiação em seu casco.

Radiação chega a verduras de Tóquio 
O governo japonês detectou césio radioativo superior ao limite permitido em um tipo de espinafre cultivado em um distrito de Tóquio, informou nesta sexta-feira a rede de televisão NHK. 
A verdura komatsuna, uma variedade de espinafre, apresentou concentração de césio radioativo de 890 becquerel por quilo, enquanto o limite legal é de 500. A verdura foi cultivada em um centro de pesquisa do distrito de Edogawa, em Tóquio, e não seria comercializada, segundo a NHK. 


Esta é a primeira vez que em que radiação é detectada em verduras cultivadas em Tóquio, onde nesta semana foi registrada concentração de iodo na água corrente superior ao limite permitido para os bebês.

O governo metropolitano emitiu o alerta para que o líquido não fosse ingerido por crianças com menos de um ano, embora a medida já tenha sido cancelada.

O iodo radioativo não existe na natureza. As autoridades acreditam que ele tenha sido transportado pelo vento desde a usina nuclear de Fukushima, onde operários e militares tentam controlar o vazamento de radiação desde o terremoto do dia 11.

As autoridades japonesas insistem que os níveis de material radioativo detectados na água de Tóquio e de outras localidades não representa risco imediato para a população e que não há perigo para os adultos que a beberem.

Terremoto em Mianmar deixa 50 mortos


Terremoto em Mianmar deixa 50 mortos

Um terremoto de 7 graus de magnitude sacudiu na noite desta quinta-feira o leste de Mianmar, próximo à fronteira da Tailândia, matando ao menos 50 pessoas, informou um responsável birmanês nesta sexta-feira (25).
As perdas humanas se concentraram no município de Tarlay, incluindo a cidade de Tachilek.
Cerca de 40 feridos foram atendidos no hospital de Tachilek, onde as autoridades birmanesas estabeleceram o centro de resgate e de ajuda aos desabrigados. Além disso, outra mulher morreu na província tailandesa de Chiang Rai após uma parede de sua casa desmoronar enquanto ela dormia.
Segundo a polícia local, o total de construções afetadas chega a 100.
O abalo, que foi sentido em toda península da Indochina e na China, teve seu epicentro situado a 10 km de profundidade, na zona da fronteira com Tailândia e Laos, 90 km ao norte de Chiang Rai e a 235 km de Chiang Mai (nordeste tailandês), segundo o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS).
Mais tarde, um tremor secundário voltou a abalar a mesma região e segundo o USGS, foi de 5,4 graus de magnitude.
Tremor foi sentido na Tailândia e no Vietnã
O terremoto principal foi sentido nos prédios mais altos de Bangcoc, na Tailândia, em Naypyidaw, capital administrativa de Mianmar - centenas de quilômetros ao sul - e em Mandalay, ao norte.
No Vietnã, o diretor do departamento de Controle de Abalos Sísmicos Dinh Quoc Van informou que o terremoto foi de 5 graus na escala Richter em Hanói e de 6 na cidade de Dien Bien Phu, no noroeste do país.
A rádio nacional chinesa confirmou que o tremor atingiu a província de Yunnan (sudoeste), sem deixar danos ou vítimas, mas provocou fissuras em casas e escolas na região de Xishuangbanna, na fronteira com Mianmar.

Estrangeiros que deixaram o Japão enfrentam hostilidade no retorno


Japoneses criam expressão 'flyjin' (estrangeiro voador) para os que 'abandonaram' o país após tsunami e ameaça nuclear

Muitos estrangeiros e japoneses residentes em Tóquio que voltaram ao trabalho nesta semana, depois do terremoto e do tsunami que assolaram o Japão no último dia 11, lidam agora com a rejeição de quem se manteve em atividade no ápice da crise.Percebi que há uma tensão entre os japoneses e os estrangeiros que estão voltando ao trabalho', disse à BBC Brasil Mark Pink, fundador da empresa de recrutamento TopMoneyJobs.com, de Tóquio.
Com o risco do terremoto e da contaminação radioativa, muitos japoneses deixaram a capital e se refugiaram em cidades do interior. No entanto, foram os estrangeiros que mais lotaram voos e trens em busca de lugares seguros.
Uma nova corruptela foi criada para designar estes estrangeiros que deixaram o Japão: flyjin (soma de fly, 'voar' em inglês, e gaijin, 'estrangeiro' em japonês).
A 'fuga' ocorreu, em boa parte, pelos apelos dramáticos de algumas embaixadas, como a norte-americana, a alemã, a chinesa e a francesa, que aconselharam seus cidadãos a deixar o país frente à ameaça de uma crise nuclear fora de controle.
Questão cultural
A decisão de 'abandonar o navio', segundo Pink, está diretamente ligada à questão cultural. 'No Japão, há uma cultura de que o trabalho é tão ou mais importante do que a família', disse. 'Já para os estrangeiros, a segurança está em primeiro lugar.'
Para o executivo, a mídia estrangeira também colaborou para aumentar o desespero das pessoas. 'Houve ainda uma pressão de amigos e familiares para que eles voltassem para seus países ou fossem para outro lugar longe do Japão.'
Atsushi Saito, diretor da Bolsa de Valores de Tóquio, disse em entrevista que está desapontado com os estrangeiros. 'Temos de acabar com esses rumores e mostrar o quanto o Japão é um país maravilhoso', disse.
Em relação ao trabalho, Pink diz que ainda é cedo para fazer uma análise mais profunda. 'Mas há esposas e familiares de gerentes que não querem mais voltar para o país. Então, a menos que haja uma alteração na responsabilidade desses funcionários dentro da empresa, muitos terão de pedir as contas.'
'Entendo que isso tudo é muito frustrante para os japoneses, mas como dizem os franceses: 'c'est la vie' (é a vida)', afirma.
Opiniões diversas
O japonês Hiroyuki Yasuda diz que entende a decisão dos estrangeiros e lembra que muitos japoneses também foram para outro lugar. 'Eles têm essa alternativa e, quando voltarem, nós os receberemos de braços abertos', disse.
O brasileiro Julio Cesar Caruso, 35 anos, é outro dos que respeita a decisão de quem partiu. 'Eu mesmo não fui para outro lugar por ter uma filha que vive com a mãe em Tóquio e sabendo que elas permaneceriam aqui', disse. 'Jamais me sentiria tranquilo em qualquer parte do Japão ou do mundo.'
Para Caruso, as pessoas fora do Japão estão mais apavoradas do que as que vivem aqui. 'Mas não creio que isso se deve somente ao exagero cometido pela mídia, mas também pela falta de conhecimento da geografia do Japão. Era preciso mostrar que não foi o Japão todo que foi atingido pelo maremoto ou pelo terremoto.'
Isaac Almeida Silva Júnior, 39 anos, também acha que houve um exagero da mídia. 'Minha mãe chegou a pedir para não comer, não beber água da torneira e nem tomar banho', afirma o brasileiro, que não pensa em voltar ao Brasil por causa dos filhos que vivem com a ex-mulher.
No entanto, Silva Júnior não deixa de criticar os japoneses. 'Na crise econômica de 2008/09, os estrangeiros foram os primeiros a serem mandado embora. Até pagaram para os brasileiros deixar o país. Então, agora eles não podem criticar quem tem a opção de ir para um lugar mais seguro', falou.
Já a japonesa Mai Mizuno diz que a vontade é de deixar Tóquio. 'Não entendo porque os escritórios continuam funcionando. Isso tudo é uma loucura', disse. O namorado, espanhol, já fugiu do país. 'Ele foi para Taiwan e vive agora outra realidade.'

GOLFINHO É ACHADO EM PLANTAÇÃO DE ARROZ INUNDADA PELO TSUNAMI


Ryo Taira contou ter entrado na água para salvar animal, de 1,2 metro.
Tsunami de 11 de março inundou campo de arroz na cidade de Sendai

O japonês Ryo Taira (direita) retira um golfinho achado em uma plantação de arroz alagada, após o tsunami de 11 de março no Japão, na cidade de Sendai; o rapaz contou que entrou na plantação encharcada para retirar o animal, com 1,2 metro, após várias tentativas de capturá-lo com uma rede (Foto: Asahi Shimbun / Reuters

Japão detecta radioatividade a 30 km da costa

Agência Nuclear da ONU diz que níveis de iodo e césio no mar estão acima do limite

Marinheiros lavam convés do porta-aviões americano USS Ronald Reagan, estacionado na costa japonesa, para eliminar os efeitos da radiação nuclear liberada após os problemas enfrentados na central de Fukushima
Cientistas japoneses encontraram concentrações "mensuráveis" das substâncias radioativas iodo-131 e césio-137 em amostras de água do mar retiradas a 30 km da costa, disse nesta quinta-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), um órgão das Nações Unidas.
Segundo a AIEA, "as concentrações de iodo estavam acima dos limites regulatórios japoneses, e os níveis de césio estavam bem acima desses limites".
Autoridades japonesas enviaram à agência dados de amostras coletadas em 22 e 23 de março, após terem detectado iodo e césio na água perto da danificada usina nuclear de Fukushima, atingida pelo terremoto e o tsunami da semana passada.
Segundo a agência, "o Laboratório Marítimo da AIEA em Mônaco recebeu dados para revisão".
Reuters 2011