sábado, 10 de setembro de 2011

Ministro japonês enfrenta pressão por renúncia após piada com radiação


Apenas uma semana depois de assumir o cargo, o ministro de Comércio do Japão, Yoshio Hachiro, enfrenta pressão para renunciar após relatos de que tentou se esfregar em uma repórter dizendo: "Eu vou te dar radiação".
O episódio ocorreu, segundo a imprensa japonesa, após uma visita a uma usina nuclear de Fukushima, na quinta-feira (8).
O Japão enfrenta uma grave crise nuclear depois de um terremoto e tsunami atingirem a costa leste do país, em 11 de março, danificando o sistema de refrigeração da usina de Fukushima Daiichi. O vazamento de radiação foi classificado como o segundo mais grave depois da explosão da usina de Tchernobil, na Ucrânia, em 1986.
Shizuo Kambayashi/Associated Press
Ministro de Comércio e Indústria do Japão, Yoshio Hachiro, tentou se esfregar em repórter para lhe "passar radiação"
Ministro de Comércio e Indústria do Japão, Yoshio Hachiro, tentou se esfregar em repórter para lhe "passar radiação"
O chefe de políticas do governista Partido democrata, Seiji Maehara, disse que o episódio é "muito sério", se confirmado. "É importante que ele explique claramente suas reais intenções ainda hoje", disse.
Já o chefe de políticas do opositor Partido Liberal Democrata, Shigeru Ishiba, exigiu a renúncia do ministro. "Caso não renuncie, o premiê Noda deve demití-lo.
A imprensa diz que Hachiro conversou com Noda neste sábado e que pediu desculpas e explicou que gostaria de se manter no cargo.
No dia anterior, Hachiro já havia pedido desculpas a Noda por chamar a área desértica ao redor da usina de "cidade da morte" --um comentário visto como ofensivo pelas vítimas da tragédia.
Noda, que assumiu como sexto premiê do Japão em cinco anos, deve enfrentar duro questionamento pela escolha de Hachiro em sessão prevista para próxima semana no Parlamento.
O ministro da Defesa, Yasuo Ichikawa, já ficara sob o ataque por se chamar de um "amador" em questões de segurança.
Noda, que venceu uma dura batalha para se tornar chefe do Partido Democrático do Japão, enfatizou a necessidade de restaurar a unidade do partido fraturado em suas nomeações, levantando preocupações de que ele priorizou legendas ao conhecimento e à experiência dos candidatos.
DA REUTERS, EM TÓQUIO

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