sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Há 20 anos, Ayrton Senna foi segundo em Suzuka e conquistou o tri


No pódio do GP do Japão de 1991, Senna comemora a conquista de seu terceiro título mundial
Circuito de Suzuka-Japão-.Acostumada a sediar conquistas, a pista japonesa foi palco, em 1991, do tricampeonato de Ayrton Senna. Foi o último título brasileiro na F1.
  Em comemoração aos 20 anos do tricampeonato de Senna chega ao seu momento decisivo: o GP do Japão.
Mas, a poucas voltas do final, o brasileiro recebeu um recado de Ron Dennis pelo rádio, pedindo para ele entregar a vitória a Berger. Mesmo a contragosto, Ayrton foi reduzindo a velocidade e permitiu a ultrapassagem do austríaco na última curva da última volta, poucos metros antes da bandeirada. Foi a primeira vitória de Berger em dois anos na McLaren.
Com 16 pontos a mais do que Nigel Mansell, segundo colocado no mundial, Senna chegou ao Japão (penúltima prova da temporada) com grandes chances de mais uma vez se sagrar campeão em Suzuka – como havia acontecido em seus dois títulos anteriores, em 1988 e em 1990.

O segundo lugar não estragou a festa de Senna e a bandeira brasileira mais uma vez ganhou destaque na comemoração de Senna diante da torcida japonesa.
O brasileiro ainda venceu a etapa seguinte, na Austrália, para encerrar o ano com 96 pontos, 24 a mais do que Mansell.

Para facilitar a vida do brasileiro, ele ainda contou com o abandono de Mansell logo no início da prova para assegurar a conquista com tranquilidade. Senna não precisou nem vencer a corrida – no fim da prova, com o título já garantido, ele abriu espaço para seu companheiro de McLaren, Gehrard Berger, ficar com o triunfo.
Conheça a história do GP do Japão de 1991
O fim de semana da Fórmula 1 em Suzuka começou exatamente como a McLaren queria. Os dois pilotos da equipe marcaram os melhores tempos do treino classificatório e dominaram a primeira fila do grid de largada, com Berger à frente de Senna. Para Mansell, da Williams, que sairia logo atrás, em terceiro, apenas a vitória interessava. Portanto, ele teria que forçar desde os primeiros metros.
E foi exatamente o que aconteceu na prova do domingo, 20 de outubro. Berger disparou na frente enquanto Senna segurava o inglês da Williams, que o atacava de todas as maneiras. Na 10ª volta, no entanto, na freada para a primeira curva, Mansell forçou demais, perdeu o controle do carro, rodou e saiu da pista, sem condições de retornar à prova. Naquele momento, Ayrton Senna se tornava tricampeão Mundial.
Com o título garantido, Senna finalmente pôde correr sem pressão. Quase que em um passeio, o brasileiro tirou a diferença para Berger e o superou na 18ª volta, para assumir a liderança.
Senna não teve dificuldades para se manter na ponta até a parte final da corrida, aproximando-se de mais uma vitória, para fechar o ano com chave de ouro e apagar a mancha deixada no GP do Japão do ano anterior – quando o bicampeonato do brasileiro foi decidido em uma polêmica batida na primeira reta, que tirou ele e Alain Prost da prova.

Tricampeonato de Ayrton Senna completa 20 anos

No ano em que venceu no Brasil pela primeira vez, piloto conquistou sete vitórias para garantir seu terceiro e último título na F1

Há exatos 20 anos, Ayrton Senna se sagrava tricampeão mundial da Fórmula 1. Com um segundo lugar no Grande Prêmio do Japão no dia 20 de outubro de 1991, um dos maiores ídolos da história do automobilismo brasileiro conquistava o oitavo e último título do país na categoria. Polêmico dentro e fora das pistas, Senna escrevia definitivamente seu nome na história da F1, sendo até hoje reconhecido internacionalmente como um dos grandes.
O ano do tri foi marcante para Senna. Com seu maior rival, Alain Prost, fora da briga pelo título, o brasileiro tinha como principal obstáculo a superioridade dos carros da Williams, que contava ainda com a experiência do piloto Nigel Mansell – principal adversário de Senna naquele ano.O início da temporada do brasileiro foi arrasador. Após conquistar a pole position e a vitória no primeiro GP, nos Estados Unidos, Senna viveu um dos momentos mais emocionantes de sua carreira: ele venceu pela primeira vez uma corrida em casa, após oito anos na F1, para o delírio dos torcedores. E foi de maneira heróica – a 20 voltas do final, o piloto da McLaren perdeu a 4ª marcha e, nas últimas sete voltas, ficou também sem a 3ª e a 5ª marcha, tendo que terminar o trajeto, debaixo de chuva, apenas com a 6ª.A corrida foi tão extenuante que, após cruzar a linha de chegada, Senna saiu carregado de seu carro. No pódio, exausto e muito emocionado, o brasileiro mal conseguiu levantar o troféu da vitória.
Após essa conquista, Senna venceu mais dois GPs consecutivos, em San Marino e Mônaco, somando também quatro pole positions. Com esse início arrasador, o brasileiro abriu uma grande vantagem para seus adversários, distanciando-se na liderança do campeonato.
No entanto, na prova seguinte, no Canadá, Senna abandonou por problemas no alternador do carro e ficou sem pontuar pela primeira vez no ano. No México, ele viu um início de domínio da Williams, que fez dobradinha com Riccardo Patrese e Mansell, deixando o brasileiro apenas na terceira colocação. Depois, na França, a Williams triunfou de novo, dessa vez com Mansell, e Senna repetiu o terceiro lugar.
A nona etapa, na Grã-Bretanha, presenciou uma cena inusitada: o brasileiro ficou sem gasolina na última volta e, após o fim da prova, pegou uma carona com o vencedor, Nigel Mansell, para voltar aos boxes. A pane seca se repetiu no giro final da prova seguinte, na Alemanha, e Senna viu o britânico da WIlliams se aproximar na classificação.
Com sua liderança do Mundial ameaçada e a sorte parecendo ter lhe abandonado, Senna foi para o GP da Hungria sob grande pressão, mas conseguiu se reencontrar com a vitória. Ele venceu também no circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica, para afastar de vez qualquer desconfiança.
O grande momento de Senna, no entanto, estava guardado para o GP do Japão. No circuito que já havia lhe consagrado duas vezes, o brasileiro foi ajudado por um erro de Mansell. Tendo que forçar desde o início, o britânico rodou na 10ª volta e abandonou, esgotando suas chances no campeonato. Com isso, Senna nem precisou vencer para confirmar seu terceiro título, com uma prova de antecedência.
Dali para frente, Senna só precisou administrar os resultados para manter a vantagem sobre Mansell.Na Itália foi segundo, repetindo a colocação em Portugal. Na Espanha o brasileiro já poderia ter garantido o título, mas rodou no início da corrida, terminando em quinto, enquanto o piloto da Williams venceu mais uma.
O segundo lugar em Suzuka foi suficiente para garantir a festa de Senna, que, como de costume, fez a volta de comemoração e subiu ao pódio carregando a bandeira brasileira.
Senna ainda venceu a etapa seguinte, na Austrália, para fechar o ano do tri com chave de ouro, chegando à marca de oito pole positions e sete vitórias na temporada.

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário