Japão
O documentário ”Kodoku na Tsubame tachi” (Andorinhas Solitárias) que retrata a luta e as aspirações de jovens brasileiros no Japão foi finalizado por Kimihiro Tsumura, 50, professor na Universidade Hamamatsu Gakuin.
Durante dois anos e meio Tsumura pesquisou e acompanhou cinco jovens de Hamamatsu (Shizuoka), onde vivem cerca de 12 mil brasileiros. “Queria capturar com uma câmera o crescimento deles e o meio de subsistência” disse Tsumura, que começou a rodar o documentário em 2008. Ele teve cooperação da diretora Mayu Nakamura, 38, que afirmou ser “muito interessada na vontade de viver (dos jovens brasileiros)”.
O filme traz a história de um jovem de 19 anos que trabalha na fábrica e sonha em ir para a universidade e um de 22 anos que tenta carreira como dançarino de hip hop. Além de um rapaz que não se adaptou à vida no Japão e se envolveu em um crime. O documentário “foca no crescimento desses jovens e não na injustiça do sistema social”, enfatizou Nakamura, segundo a agência Kyodo.
Os diretores seguiram os jovens mesmo depois que alguns deles perderam o emprego durante a crise econômica de 2008 e tiveram que voltar para o país de origem. No Brasil, uma garota de 17 anos, nascida e criada no Japão, começou a frequentar a escola noturna durante quatro horas por dia enquanto trabalhava, para conseguir entrar na universidade, um sonho que ela não tinha enquanto esteve no Japão.
Pablo Nadayoshi, 23, que veio ao Japão há 14 anos e se envolveu na produção do filme, espera que o público conheça a “realidade dos grupos minoritários”, acrescentando que os “jovens nipo brasileiros precisam se tornar uma ponte entre o Brasil e o Japão”. “Os jovens japoneses precisam ser capazes de absorver a coragem desses brasileiros, que vivem olhando para frente, sem desistir”, diz Tsumura.
O documentário será apresentado em Tóquio e Hamamatsu a partir de junho e posteriormente deve ser lançado em outras cidades.
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