segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Brasileiros e peruanos detidos na imigração terminam greve de fome




Quase todos os detidos do Centro de Controle na Imigração do Leste do Japão, em Ushiku, Ibaraki, terminaram uma greve de fome de 11 dias para protestar contra suas longas detenções, disse um membro do grupo de voluntários com sede em Tóquio, na sexta-feira.
Segundo o jornal Japan Times, cerca de 120 detentos começaram a recusar o alimento do centro desde 20 de agosto. Cerca de 60 pessoas ainda vão continuar a greve de fome na quinta-feira, disse Mitsuru Miyasako do grupo de apoio.
Mas duas mulheres – uma sul-coreano e uma peruana – e seis homens – três brasileiros, um peruano, um sul-coreano e um senegalês – decidiram parar a greve na sexta-feira.
O oficial da Imigração, Hiroshi Hayashi, confirmou que os detentos haviam se recusado a comer as refeições fornecidas a eles, mas acrescentou que eles são livres para comprar alimentos e bebidas de uma loja de conveniência e podem ter comprado na loja.
O centro de Ushiku detém cerca de 400 estrangeiros ilegais que receberam ordens de deportação. Eles serão deportados ou continuarão na prisão até que as autoridades decidam se concedem uma liberdade temporária.
Participaram da greve de fome pessoas do Sri Lanka, Gana, Filipinas, Mianmar, Paquistão e outros países, e também curdos da Turquia, de acordo com Miyasako.
O Ministério da Justiça, que supervisiona o Departamento de Imigração, informou que em 2010 foi encurtado o período de detenção, e conforme um comunicado à imprensa em julho daquele ano, disse que a agência ia tentar evitar detenções longas. Mas o período de tempo tornou-se novamente longa em 2011 e continua este ano, disse Miyasako.
“Seis meses deve ser o máximo em consideração para a saúde física e mental”, disse Miyasako. Mas alguns detidos estão detidos no centro por mais de dois anos e não há limite legal para essas detenções.
“A principal razão para as detenções longas é que eles se recusam a voltar para casa”, disse Hayashi, da imigração.
Miyasako respondeu que aqueles que não querem ir para casa é porque tem razões legítimas para se manter no país, tais como ter um cônjuge japonês e as crianças que só falam japonês, ou que são sujeitos de serem perseguidos e buscam asilo no Japão.


Fonte:Portal Web News

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