terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Crueldade infligida aos tubarões! Basta!

Por Ana Daniela M. Fernandes / CC BY-NC-SA 2.5





Antes de abordar o tema principal, quero que saibas que os tubarões não são “assassinos sanguinários”, é um mito! “Não mais que doze pessoas por ano são mortas por tubarões pelo mundo. De fato, é mais perigoso jogar golfe do que nadar no oceano com tubarões. Mais jogadores de golfe são atingidos por raios e mortos todos os anos do que o número total de fatalidades envolvendo tubarões. Estatisticamente, é mais perigoso atravessar a rua do que nadar com tubarões.”

Na minha opinião, este mito sem fundamento algum, está a beneficiar as indústrias que lucram milhões (se não, biliões).

Os tubarões existem à mais de 400 milhões de anos. São seres perfeitos, a sua morfologia pouco se modificou ao longo do tempo. E são considerados os principais predadores marinhos, ou seja, é muito fácil de percebermos que os tubarões são essenciais ao ecossistema dos oceanos.



Portanto, os tubarões são “predadores, integrantes da cadeia alimentar, e ao mesmo tempo desempenham o papel de ‘lixeiros’ do mar, contribuindo na eliminação de animais doentes e com defeitos genéticos, e estabilizando a população de peixes.”

“Preservar os tubarões, significa preservar o equilíbrio dos oceanos e preservar o equilíbrio dos oceanos, significa manter a raça humana viva no nosso planeta”, (Wahba, L. 2011)


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=IGSs7R9DAts



Sinceramente, custa-me a entender como é que o ser humano não percebe a importância dos tubarões. Será que o homem só irá perceber o erro que está a cometer quando sentir na pele que a sua sobrevivência também depende destes seres?

Actualmente, os tubarões do nosso pequeno mundo estão a ser exterminados. Mais de 100 milhões são mortos anualmente. E, várias espécies (cerca de vinte) estão ameaçadas de extinção, como é o caso da espécie Squatina Guggenheim (“mais de 12 000 animais foram mortos”).

Quando o animal é capturado, é içado para o barco. De seguida, os seres humanos (sem sentimentos) cortam as barbatanas do animal a sangue frio. Depois deste processo demasiado doloroso, o tubarão é atirado ao mar. Esta prática demasiado cruel, é denominada de finning.

Como deves ter percebido, o animal não morreu, ele está vivo e a sangrar. Incapacitado de nadar, acaba por assentar no fundo do mar, sofrendo uma morte agonizante. É muito doloroso de se imaginar, o sofrimento que o animal deverá sentir…

Os seres humanos (se é que se podem chamar de tal) que cometem esta atrocidade nos tubarões fazem-no porque sabem que irão lucrar muito… As barbatanas são vendidas a preços altíssimos, o quilo.

As barbatanas são usadas na confecção de sopa (conhecida por, sopa de barbatana de tubarão), considerada uma iguaria afrodisíaca, principalmente, para os asiáticos. Para que tenhas uma ideia, segundo a Sea Shepherd, uma sopa pode chegar a valer 400 dólares. O que incentivará muitas pessoas a pescarem ilegalmente os tubarões.

Para além do comércio das barbatanas, os dentes de tubarão também são utilizados em bijuterias; as mandíbulas viram souvenirs; a pele de tubarão é utilizada para a confecção de carteiras, sapatos e cintos; a cartilagem do tubarão usada como cura para o cancro; o óleo extraído do fígado de tubarão transforma-se em cosméticos.

Eu fico indignada por saber que o homem não percebe que os animais não são objectos. Mas na mente destas pessoas mesquinhas, estes seres irão ser transformados em objectos para satisfazer necessidades supérfluas. Objectos estes que um dia serão descartados. Lamentável!

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=3z622cRZXNI


São pouquíssimas as pessoas que morrem por causa de um tubarão. Mas se olharmos para a realidade (“com olhos de ver”) o homem mata milhões de tubarões, seja por medo, por divertimento (considerado desporto?), para a confecção de uma sopa que “não tem qualquer sabor ou valor nutricional” (segundo os investigadores), entre outros.

Para além do corte das barbatanas, outros tubarões são mortos através da pesca de “espinhel (é uma linha pesqueira feita de monofilamento. A linha geralmente chega a medir entre 1,6 a 100 quilómetros de comprimento) e redes.”

Estas acções irracionais do homem estão a causar uma drástica redução na população de tubarões no mundo.

Só para teres uma ideia, “8.000 toneladas de barbatanas de tubarão são processadas todo o ano. As barbatanas representam apenas 4% do peso do corpo de um tubarão. Faça as contas. Isso significa que 200.000 toneladas de tubarões são jogadas ao mar novamente e descartadas.”

Que absurdo!!

Quando é que o homem irá entender que esta atitude não é correcta? Quando?

As consequências que advêm desta atrocidade já se fazem sentir, por exemplo, com a redução da população de tubarões aumenta a população de polvos, o que leva a que estes se alimentem de mais lagostas. Tal facto aconteceu na Tasmânia, o que gerou o “colapso na pesca de lagostas”.

“Um ponto muitas vezes esquecido é que os tubarões se diferem de outros peixes no quesito reprodução. Ao invés de produzirem milhares de ovos, muitos deles levam até quinze anos para alcançarem a maturidade sexual, para só então produzir um único ovo por ano. Com uma taxa de reprodução tão frágil e lenta, suas populações podem nunca se recuperar dos danos que a caça lhe tem infligido.”

O  finning de tubarões é praticado um pouco por todo o mundo, principalmente, na América do Sul e Austrália. Alguns países já proibiram a prática de finning, como é o caso dos Estados Unidos da América. Mas, infelizmente é difícil de ser controlado, pois os tubarões migram constantemente entre as fronteiras internacionais.

É urgente protegerem-se os tubarões, visto que eles são essenciais à nossa sobrevivência!

Apesar de pensarmos que nada podemos fazer, existe sempre algo que podemos fazer. A começar, por evitar o consumo de produtos que advenham destes seres maravilhosos, assim como evitar o consumo de sopa.

Por favor, assina a petição abaixo, obrigada!

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N5037







Eu lí no : http://whynotsee.com/


Webgrafia:

http://seashepherd.org.br/tubaroes/

http://discoverybrasil.uol.com.br/tubaroes/perigo/finning/index.shtml

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