domingo, 3 de fevereiro de 2013

Austrália protesta contra entrada de baleeiros japoneses em suas águas


Por Rafaela Pietra (da Redação)

Mulher tatua logo da Sea Shepherd nas costas, em protesto à caça de baleias – Foto: Thomas Peter / Reuters


O governo australiano apresentou um protesto contra Tóquio, após um navio da frota baleeira japonesa entrar na sua zona no Oceano Antártico, próximo a Ilha Macquarie. Camberra, a capital do país, se opõe fortemente à caça de baleia e lançou uma ação judicial contestando a base da chamada do Japão de caça “científica”, em dezembro de 2010.

A frota japonesa partiu para o Oceano Antártico no final de dezembro, planejando capturar e assassinar até 935 baleias minke antárticas e até 50 baleias fin. O Yushin Maru 3, um navio de apoio, desviou-se da zona da Austrália na última quarta-feira, e foi interceptado pelo SSS Brigitte Bardot, navio do grupo de proteção e defesa às baleias, Sea Shepherd.

“O governo se opõe fortemente aos navios baleeiros que passam por mares australianos ou em nossa zona econômica exclusiva,” disse o ministro do Meio Ambiente, Tony Burke. “A Austrália tem deixado claro para o Japão, em um número de ocasiões, que os navios associados com seu programa de caça às baleias não são bem-vindos em nossa zona exclusiva da Austrália, seja no mar ou em terra.”

O ministro ainda declarou que a insatisfação gerou uma ação efetiva da Austrália. “A nossa embaixada em Tóquio transmitiu estes sentimentos diretamente ao governo japonês”, acrescentou ele.

O Japão afirma que a realização das pesquisas científicas com o assassinato de baleias é vital, usando uma brecha na proibição internacional de caça, mas não faz segredo do fato de que os animais, finalmente, acabam, egoisticamente e criminosamente, nos pratos.

Segundo o Times Live, a Agência Japonesa das Pescas disse que estava ciente da declaração australiana, mas quando questionado sobre se um navio entrou na zona da Austrália, um funcionário apenas disse: “Estamos realizando a missão sob a lei internacional”. Ele se recusou a comentar mais em consideração À “segurança” da frota japonesa.

A Sea Shepherd continua no rastreamento da frota, com navios liderados pelo militante ambientalista e ex-líder do Partido Verde Australiano, Bob Brown. A mudança de liderança aconteceu após o afastamento de Paul Watson, que renunciou às suas funções de presidente da Sea Shepherd nos Estados Unidos e na Austrália e que, por questões legais, também renunciou ao seu posto de capitão do “Steve Irwin”, um dos quatro barcos da frota que persegue os baleeiros japoneses na Antártida.

“Quando o  SSS Bob Barker fez contato com o navio-fábrica, este navio (Shonan Maru) fugiu, e tem sido assim por um par de dias”, disse Bob Brown.

Bob ainda alegou que a campanha baleeira japonesa “é uma afronta à Austrália, entrando em nossas águas, em torno do Patrimônio da Humanidade, a Ilha Macquarie, que faz parte da Tasmânia e ameaçando nossas beleias.”

O governo australiano revelou, em dezembro, que seu desafio legal contra a campanha baleeira japonesa, através do Tribunal Internacional de Justiça, deverá ser ouvido este ano. Camberra e Tóquio apresentarão seus argumentos detalhadamente e documentado, em uma audiência em Haia, prevista para a segunda metade de 2013.



Vi no http://www.anda.jor.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário