Caso Pamela
A angústia dos pais de Pamela Mitie Sawada parece não ter fim, após ver a sua filha de 14 anos ser presa 19 dias atrás na frente de casa a caminho do colégio, o casal busca no Consulado Brasileiro ajuda para mais informações e uma solução para tentar liberar a estudante que está presa em um reformatório em Otsu, Shiga.
Tudo começou quando Pamela foi acusada de agredir fisicamente uma colega dentro da escola. A direção do estabelecimento reconheceu que não sabia como resolver a situação e acionou a polícia local. O pai de Pamela, José Simão afirmou que no dia da briga na escola apenas Pamela foi levada para a delegacia de Higashi Ohmi, prestou depoimento e foi liberada no início da noite voltando para casa.
Uma semana depois, dez policiais foram de manhã cedo até o apartamento da família com um mandato de busca e apreensão, a menina que estava já de uniforme e de saída para a escola, foi detida em casa e teve apreendidos cadernos, celular e entregou também o passaporte e até sexta feira retrasada ficou recolhida na central de polícia de Shiga que fica a 50 quilômetros de onde a família mora.
No final de semana passado, Pamela foi transferida para um reformatório juvenil da província. Os pais não sabem até hoje as acusações contra a filha e a mãe suspeita de maus tratos da polícia, a estudante estaria com hematomas no pulso provocado pelas algemas. O diretor do reformatório não quis dar entrevista para o JPTV, mas revelou que existem 500 estudantes no reformatório e apenas 3 são brasileiros.
Com a falta de informações das autoridades locais, José Simão telefonou ao setor de assistência do Consulado Geral do Brasil em Nagoya, mas a funcionária disse que foi feito um contato com a polícia e sugeriu que os pais consultassem algum advogado. O cônsul do Brasil em Nagoya, Ricardo Drummond de Melo não tinha sido informado sobre a ocorrência e só ficou sabendo pela reportagem exibida do JPTV.
Os pais de Pamela foram pessoalmente ao Consulado do Brasil em Nagoya e foram recebidos pessoalmente pelo cônsul e prometeu atenção ao caso. Ele determinou que o setor de assistência consular faça uma visita ao reformatório onde a estudante está recolhida. Segundo o diplomata, a ocorrência precisa ser averiguada pessoalmente e agendou uma visita para a escola Echi Tiyugakkoo e na central de polícia de Shiga para apurar o caso.
O pai da estudante dissee que a assistência consular é importante porque fiscaliza qualquer abuso de poder das autoridades japonesas. A polícia informou na quinta feira que a menor terá audiência no tribunal de Otsu, só na próxima terça feira dia 18.
Pamela teria sido detida a princípio pelas lesões físicas causadas na sua colega, mas agora está passando por uma investigação sobre a participação em outros delitos praticados por menores daquela escola.
Eu lí no Japão / JPTV
Isso me cheira a preconceito e abuso de autoridade!
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