Governo proibiu venda de leite e espinafre em Províncias afetadas por radiação
Fumaça sobe de reator número 3 da central nuclear de Fukushima, no Japão; incidente foi controlado, mas agora
afeta o reator número 2 da usina
A Agência de Segurança Nuclear do Japão informou nesta segunda-feira (21) que
fumaça foi detectada também no reator 2 da usina nuclear de Fukushima, severamente afetada pelo terremoto e pelo tsunami do último dia 11.
A revelação foi feita depois de uma coluna de fumaça ter sido vista no reator 3 da usina. De acordo com as autoridades, o problema no prédio 3 já foi resolvido.
Segundo o organismo, a fumaça agora sai da parte posterior do edifício onde se encontra o reator 2. A origem do fenômeno ainda é desconhecida.
Governo diz que radiação não subiu
O governo japonês assegurou nesta segunda-feira que, apesar da fumaça no reator 3, a radiação em torno da central de Fukushima não aumentou.
O ministro porta-voz, Yukio Edano, explicou que a origem da fumaça acinzentada vista às 15h55 do horário local (3h55 de Brasília) na unidade 3 ainda está sendo investigada. O oficial insistiu que as medições não mostram aumento significativo da radiação desde essa hora.
Anteriormente, um porta-voz da empresa Tepco, operadora da central, havia assinalado que também não há mudanças na pressão do reator, embora por segurança tenha sido determinada a retirada dos trabalhadores nessa área da usina.
O porta-voz do governo reiterou que o nível de contaminação detectado até agora no leite e no espinafre não representa um risco imediato para a saúde, exceto se os alimentos forem consumidos por um período prolongado. O ministro destacou que a proibição da venda é "uma medida de precaução".
Edano também disse que o Ministério de Agricultura aplicará medidas para evitar que os preços desses produtos disparem e afirmou que serão estudadas compensações para os agricultores afetados.
- [As indenizações] dependerão do quanto durar a restrição de venda. Dado que a medida se deve ao acidente [em Fukushima], assumimos que a Tepco será a principal responsável.
Fumaça sobe de reator número 3 da central nuclear de Fukushima, no Japão; incidente foi controlado, mas agora
afeta o reator número 2 da usina
A Agência de Segurança Nuclear do Japão informou nesta segunda-feira (21) que
fumaça foi detectada também no reator 2 da usina nuclear de Fukushima, severamente afetada pelo terremoto e pelo tsunami do último dia 11.
A revelação foi feita depois de uma coluna de fumaça ter sido vista no reator 3 da usina. De acordo com as autoridades, o problema no prédio 3 já foi resolvido.
Segundo o organismo, a fumaça agora sai da parte posterior do edifício onde se encontra o reator 2. A origem do fenômeno ainda é desconhecida.
Governo diz que radiação não subiu
O governo japonês assegurou nesta segunda-feira que, apesar da fumaça no reator 3, a radiação em torno da central de Fukushima não aumentou.
O ministro porta-voz, Yukio Edano, explicou que a origem da fumaça acinzentada vista às 15h55 do horário local (3h55 de Brasília) na unidade 3 ainda está sendo investigada. O oficial insistiu que as medições não mostram aumento significativo da radiação desde essa hora.
Anteriormente, um porta-voz da empresa Tepco, operadora da central, havia assinalado que também não há mudanças na pressão do reator, embora por segurança tenha sido determinada a retirada dos trabalhadores nessa área da usina.
Leite e espinafre proibidos
Enquanto equipes trabalham para controlar a situação na central de Fukushima, o governo proibiu a distribuição de leite e espinafre procedentes dessa Província e de algumas regiões vizinhas após ser detectada contaminação por radiação. As Províncias afetadas pela restrição são, além de Fukushima, Gunma, Ibaraki e Tochigi, segundo Edano. O período de tempo em que a proibição ficará em vigor dependerá do controle dos níveis de radiação.
Primeiro teremos que solucionar a situação na usina nuclear.Enquanto equipes trabalham para controlar a situação na central de Fukushima, o governo proibiu a distribuição de leite e espinafre procedentes dessa Província e de algumas regiões vizinhas após ser detectada contaminação por radiação. As Províncias afetadas pela restrição são, além de Fukushima, Gunma, Ibaraki e Tochigi, segundo Edano. O período de tempo em que a proibição ficará em vigor dependerá do controle dos níveis de radiação.
O porta-voz do governo reiterou que o nível de contaminação detectado até agora no leite e no espinafre não representa um risco imediato para a saúde, exceto se os alimentos forem consumidos por um período prolongado. O ministro destacou que a proibição da venda é "uma medida de precaução".
Edano também disse que o Ministério de Agricultura aplicará medidas para evitar que os preços desses produtos disparem e afirmou que serão estudadas compensações para os agricultores afetados.
- [As indenizações] dependerão do quanto durar a restrição de venda. Dado que a medida se deve ao acidente [em Fukushima], assumimos que a Tepco será a principal responsável.
Organização alerta sobre radiação séria nos alimentos do Japão
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta segunda-feira (21) que a radiação nos alimentos após o terremoto que danificou uma usina nuclear no Japão é mais séria do que anteriormente imaginado, eclipsando sinais de avanço na batalha para evitar um derretimento catastrófico nos reatores.
Engenheiros conseguiram conectar cabos de energia a todos os seis reatores do complexo de Fukushima, 240 km ao norte de Tóquio, e ligaram uma bomba de água em um deles para reverter o superaquecimento que desencadeou a pior crise nuclear mundial em 25 anos.
Mais tarde alguns trabalhadores foram retirados de um dos reatores mais seriamente danificados quando uma fumaça emergiu brevemente do local. Não houve nenhuma explicação de imediato para a fumaça, mas autoridades haviam dito anteriormente que a pressão no reator 3 está aumentando.
Também foi vista fumaça no reator 2.
O sismo e o tsunami de 11 de março deixaram mais de 21 mil mortos ou desaparecidos e custará R$ 416,3 milhões (US$ 250 milhões) a uma economia já combalida, o que representa o desastre natural mais caro do mundo.
O chefe da agência atômica da ONU (Organização das Nações Unidas) disse que a situação nuclear continua muito séria, mas que será resolvida. Yukiya Amano, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) fez as declarações em uma reunião do comitê de emergência.
- Não tenho dúvida de que esta crise será superada eficientemente.
Uma autoridade do governo japonês, citando o primeiro-ministro Naoto Kan, se mostrou também otimista.
- Vemos uma luz para sair desta crise.
Mas as notícias de progresso na usina nuclear foram eclipsadas pela preocupação crescente de que partículas radioativas já liberadas na atmosfera tenham contaminado fontes de alimento e água.
Peter Cordingley, porta-voz do escritório regional do Pacífico Oriental da OMS em Manila, nas Filipinas, disse que a situação é séria.
- Está claro que a situação é séria. É muito mais sério do que qualquer um pensava nos primeiros dias, quando achávamos que este tipo de problema pode estar limitado a 20 ou 30 km... é seguro supor que uma parcela de produtos contaminados tenha saído da zona de contaminação.
Ele disse, entretanto, não haver evidência de que alimentos contaminados oriundos de Fukushima tenham chegado a outros países.
Fukushima é o pior acidente nuclear do mundo desde Chernobyl, mas há sinais de que seja bem menos grave do que a tragédia ucraniana.
Malcolm Crick, secretário do Comitê Científico dos Efeitos da Radiação Atômica da ONU, afirmou que a situação não está completamente configurada.
- As poucas medidas de radiação relatadas nos alimentos até agora são muito mais baixas do que ao redor de Chernobyl em 1986, mas o quadro total ainda está emergindo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário