sábado, 26 de março de 2011

Reator volta a preocupar e Japão pede que pessoas deixem suas casas voluntariamente

Agência de segurança diz que é "altamente provável" que exista vazamento em reator 3
A agência de segurança nuclear do Japão disse nesta sexta-feira (25) que é altamente provável que materiais radioativos estejam vazando do problemático reator número 3 da usina nuclear de Fukushima.

Enquanto isso, o governo japonês encorajou as pessoas que vivem dentro de um raio de 20 km a 30 km da usina a deixar voluntariamente a região, citando preocupações sobre o acesso às necessidades diárias. Também está mantida a recomendação para que os residentes permaneçam no interior de suas casas e evitem contato com o ar.
Segundo a agência de notícias japonesa Kyodo, foi detectado nesta quinta-feira (24) um alto índice de radiação na água que resfria a turbina do reator 3 de Fukushima, o que parece ter se originado no núcleo do equipamento, informaram o governo e a Agência de Segurança Industrial.
A emissora japonesa NHK reporta que, segundo funcionários, a pressão dentro do núcleo do reator é estável e a agência de segurança nuclear não acredita que ele está trincado ou quebrado. Mas diz que é muito possível que os materiais radioativos estejam vazando em algum lugar dentro do reator.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, alertou nesta sexta-feira que continuava muito instável a situação na usina nuclear danificada pelo terremoto do dia 11 de março, seguido de tsunami, no nordeste do Japão.
Para Kan, a situação em Fukushima não estava piorando, porém não era momento de “complacência”, disse em uma coletiva de imprensa.Autoridades recomendam saída

O governo japonês solicitou para que as autoridades dos municípios mais próximos da usina nuclear estimulem a saída da população para longe, prometendo que irá dar todo o suporte para realocá-los em outras cidades, afirmou o chefe de gabinete Yukio Edano.
De acordo com a Kyodo, Edano parou rapidamente de declarar um pedido de esvaziamento para evitar os temores sobre o crescente perigo de vazamento de radiação, apesar das críticas dos municípios e moradores de que a resposta do governo central tem sido ''devagar'' em divulgar as instruções de precaução.
Em uma possível nova diretiva do governo, o chefe de gabinete disse que a Comissão de Segurança Nuclear do Japão analisa a possibilidade de uma retirada com base nas “condições de vida” da população, em vez de analisar apenas questões de segurança.
Até o momento, a ordem de esvaziar as regiões tem sido tomada apenas com base no nível de radiação, e não na qualidade de vida.
Na semana passada, o governo dos Estados Unidos chegou a sugerir que a área de isolamento ao redor da usina fosse de 80 km, porém o governo japonês achou o número exagerado. Mesmo assim, os americanos pediram aos seus cidadãos que seguissem suas recomendações para deixar o local.

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