quinta-feira, 21 de abril de 2011

Segundo jornalista ferido na Líbia morre

Hondros (esq.) cobre conflito na Libéria; à dir., Hetherington aparece em foto no Afeganistão



O jornalista americano Chris Hondros, da agência Getty Images, morreu nesta quarta-feira (20), na Líbia, horas depois de seu colega Tim Hetherington, colaborador da revista Vanity Fair e documentarista, indicado ao último Oscar por Restrepo. Os dois repórteres foram vítimas de um ataque em Misrata, que deixou outros dois profissionais da imprensa feridos.
A Getty Images confirmou a morte de Hondros, que não resistiu aos ferimentos. A agência disse, em nota, estar “profundamente triste” com a morte do fotógrafo americano, de 41 anos.
Hondros cobriu vários conflitos em sua carreira, como a guerras do Kosovo, de Serra Leoa, de Angola, do Afeganistão, da Caxemira indiana e dos territórios palestinos.
Além de Hondros e Hetherinton, outros dois jornalistas foram vítimas do ataque. Guy Martin, da Panos Agency, em estado grave, e o freelancer Michael Brown, com ferimentos leves.Os jornalistas cobriam o conflito entre as forças de Muammar Gaddafi e os opositores líbios na cidade de Misrata. O local tem sido o mais sangrento palco da guerra civil líbia, já que a cidade está cercada por forças do regime, enquanto os rebeldes tentam avançar sobre a capital, Trípoli, com a ajuda da Otan (aliança militar do Ocidente).
Hetherinton foi indicado ao Oscar
Hetherington, de 40 anos, era colaborador da revista Vanity Fair. Ele ficou conhecido por suas coberturas no Afeganistão, cujo material rendeu o documentário Restrepo, que ele dirigiu junto do também jornalista Sebastian Junger. A produção foi indicada ao Oscar de Melhor Documentário na última edição do prêmio.
A morte de Hetherington foi confirmada pela ONG Human Rights Watch. Jornalista experiente, ele recebeu três prêmios do respeitado júri da World Press Photo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário