segunda-feira, 18 de julho de 2011

Fortes chuvas deixam dois mortos e afetam 40 mil no sul do México

As tormentas começaram no meio da semana passada

Um pai e sua filha morreram e outras 40 mil pessoas foram afetadas nos últimos dias pelas tormentas no Estado mexicano de Oaxaca (sul do país), informou o governo local neste domingo (17).
O pai, de 82 anos, e sua filha, de 34, morreram no sábado (16) "com o desabamento de uma casa por consequência das chuvas" em Salina Cruz (Pacífico), um dos portos mais importantes do México, explicou à France Presse o diretor do Instituto de Proteção Civil de Oaxaca, Manuel Maza.
Quase 40 mil pessoas em 42 municípios da região do Istmo de Tehuantepec já foram afetadas pelas fortes chuvas que estão gerando a Onda Tropical número 9 no sul e no leste do México, detalhou o funcionário.
As tormentas começaram no meio da semana passada e a previsão é de que continuem por mais dois dias.
No começo de julho, a tormenta Arlene - vinda do Atlântico - matou 20 pessoas.


Situação é a pior em 60 anos; mais de 10 milhões de pessoas precisam de ajuda

Seca pode matar 500 mil crianças na África, diz Unicef


Voluntário segura criança somali em um campo de refugiados da ONU

A forte seca que castiga o Nordeste da África está ampliando o drama da desnutrição na região, advertiu neste domingo (17) em Nairóbi, Quênia, Anthony Lake, diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
- Meio milhão de crianças sofrem de desnutrição severa e estão em risco iminente de morrer. Precisam de ajuda imediata (...). Esta é uma crise muito grave.
Lake participou de uma entrevista coletiva na capital queniana junto com o ministro de Desenvolvimento Internacional britânico, Andrew Mitchell. O país anunciou no sábado a doação de 60 milhões de euros de ajuda urgente para os afetados na Somália, Quênia e Etiópia.
Quase 11 milhões de pessoas, pelos cálculos do Unicef, enfrentam uma situação muito delicada no Nordeste da África, região que sofre a pior seca em seis décadas.
Chifre da África
Na Somália, o país mais afetado, um em cada três habitantes precisa de ajuda alimentar de emergência, segundo as estimativas da União Africana (UA).
Milhares de famílias somalis estão fugindo da fome e da miséria e buscando auxílio no campo de refugiados de Dadaab (leste do Quênia), desenhado para 90 mil pessoas e considerado o maior do mundo, mas que atualmente acolhe mais de 300 mil refugiados.
O diretor-executivo do Unicef se mostrou preocupado.
Durante quatro dias Lake visitou algumas das áreas mais prejudicadas no Quênia.
- O que estamos vendo é quase uma tempestade perfeita: o conflito da Somália, os crescentes preços dos combustíveis e dos alimentos, a seca e a falta de chuvas. Ainda faltam quatro ou cinco meses até a próxima colheita. Temos uma enorme tarefa pela frente.
- Esta não é um crise de refugiados. Esta é uma crise regional. Temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para diminuir o impacto e salvar essas pessoas.
Na árida região de Turcana (norte do Quênia), Lake viu o "verdadeiro sofrimento" e o "rosto silencioso da crise", ao comprovar que as crianças, se têm sorte, sobrevivem comendo apenas uma vez ao dia.
Ajuda tardia
À margem do fluxo diário de pessoas da Somália que procura refúgio em países vizinhos como o Quênia e a Etiópia, a crise impacta também "milhões de agricultores e pastores nesses dois países que dependem das chuvas para sua sobrevivência", segundo o Unicef.
- Não se trata só de salvar vidas ameaçadas, mas de salvar um modo de vida ameaçado.
Para Lake, a comunidade internacional "reagiu um pouco tarde" diante das consequências da seca no nordeste do continente.
- Precisamos de mais recursos para trabalhar com estes milhões de crianças que estão em risco.
Por sua vez, o ministro de Desenvolvimento Internacional britânico, Andrew Mitchell, que neste sábado (16) viajou ao campo de refugiados de Dadaab, declarou-se "profundamente comovido pela magnitude deste desastre".
Em Dadaab, Mitchell foi testemunha da "silenciosa" chegada de "centenas de mães e crianças procedentes da Somália", e constatou que mais de 10 milhões de pessoas "correm perigo pela seca" na região.
- A comunidade internacional deveria reconhecer agora a gravidade do que está ocorrendo no nordeste da África e fazer todo o possível para impedir que piore o que já é uma situação terrível.
Mitchell reuniu-se neste domingo com o primeiro-ministro queniano, Raila Odinga, e elogiou a recente decisão do governo queniano de abrir em breve perto de Dadaab outro campo de refugiados, com capacidade para abrigar 80 mil pessoas.

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