domingo, 17 de julho de 2011

Obama ignora queixas da China e recebe dalai lama na Casa Branca

Chineses pediram que o presidente dos EUA não se encontrasse com o monge
Em visita aos EUA, dalai lama liderou um encontro a favor da paz, que reuniu milhares de pessoas


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama recebeu neste sábado (16) o dalai lama na Casa Branca em um claro apoio aos direitos humanos no Tibete. O encontro ocorreu mesmo após reclamações do governo chinês, que chegou a pedir a Washington para cancelá-lo.

A reunião ocorreu no final da visita de 11 dias do dalai lama a Washington, onde liderou um grande ritual espiritual a favor da paz, que reuniu milhares de pessoas de todas parte do mundo.
O ato privado entre Obama e o dalai lama – ambos homenageados com o prêmio Nobel da Paz – ocorreu por volta das 12h30 (horário de Brasília), segundo funcionários da residência oficial americana.
Esta é a segunda vez que Obama recebe o monge tibetano. O primeiro contato foi em fevereiro de 2010, durante um encontro privado na Casa Branca, que ocorreu da mesma forma que o de agora, sob a inquietação de Pequim.
China acusa dalai lama, exilado na Índia desde 1959, de ser um separatista que persegue a independência do Tibete. O monge budista nega que esse seja seu objetivo e assegura querer, simplesmente, um Tibete autônomo com liberdade para expressar sua identidade.
Nos opomos firmemente ao fato de qualquer político estrangeiro se reunir com o dalai lama, seja qual seja a modalidade do encontro.
De Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, que advertiu de uma possível deterioração nas relações bilaterais.
As advertências não dissuadiram a Casa Branca, que apesar de esperar até a noite de sexta-feira (15) para fazer um anúncio, insistiu no "forte apoio" de Obama à preservação da "excepcional identidade religiosa, cultural e linguística do Tibete", assim como à "proteção dos direitos humanos dos tibetanos".
Durante a reunião deste sábado, Obama apoiou as discussões entre dalai lama e o governo chinês, segundo informou a Casa Branca. Pequim já manteve nove rodadas de diálogo com representantes tibetanos, a última em janeiro de 2010, sem que, por enquanto, se tenham registrado avanços importantes.
Dalai lama renunciou em março ao seu papel como líder político no exílio, após chegar à conclusão de que, ao combinar ambos papéis, diminuía a legitimidade de seu discurso em prol da democracia.

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