segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Obama adverte que perigo do furacão Irene ainda não passou

Fenômeno deixou ao menos 19 mortos e 4,5 milhões de pessoas sem luz
Embora o furacão Irene tenha se transformado em uma tempestade tropical e se enfraquecido, continua sendo uma "tempestade perigosa" e seus riscos não terminaram, advertiu neste domingo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Nova York superou furacão Irene, dizem autoridades
Em declarações dadas no Jardim da Casa Branca, Obama indicou que, entre outras questões, ainda há riscos de inundações, devido às cheias dos rios pelas chuvas causadas por Irene, e mais pessoas podem ficar sem eletricidade, além das 4,5 milhões que já tiveram o fornecimento de energia cortado.
- Uma de nossas maiores preocupações antes de Irene atingir o continente era possibilidade de significativos alagamentos e cortes de energia generalizados e nós temos recebido informações apenas do nosso Estado e parceiros locais. Muitos americanos ainda correm sérios riscos de cortes de energia e alagamentos, o que pode piorar nos próximos dias, uma vez que os rios extrapolam suas margens.
Uma enfraquecida Irene, já transformada em tempestade tropical, deixou em sua passagem pela costa leste dos Estados Unidos ao menos 19 mortos em sete Estados, segundo a rede de TV CNN, embora não tenha provocado os devastadores danos que eram esperados em Nova York.
Em entrevista coletiva ao lado de Obama, a secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, disse que "o pior de Irene já passou". No entanto, advertiu que a tempestade "ainda é potencialmente perigosa".
Um dos riscos que se teme é o de inundações nos próximos dias, devido ao fato de que as fortes chuvas elevaram o nível de inúmeros rios. Janet atribuiu o balanço de danos abaixo do previsto às medidas de precaução adotadas.
Em sua passagem pela costa leste, onde tocou a terra no sábado na Carolina do Norte, Irene também causou problemas no transporte aéreo e neste domingo já chegava a cerca de 9.000 o número de voos cancelados pela tempestade em todo o país.
O governador de Nova Jersey, Chris Christie, alertou neste domingo para o risco de inundações após a passagem da tempestade tropical e recomendou aos cidadãos que não abandonem suas casas. Christie informou que os danos no litoral "parecem ser menores do que o esperado", mas afirmou que as autoridades temem que as enchentes provocadas pelo transbordamento dos rios "superem os registros históricos".
Após atravessar Nova York, a tempestade tropical, que avança a 95 km/h segundo o último relatório do Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês), se dirige agora em direção à Nova Inglaterra, onde se prevê que chegue nas próximas horas. Segundo uma primeira avaliação, os prejuízos causados por Irene podem se situar em até R$ 3,2 bilhões (US$ 2 bilhões).
O ciclone, que tocou a terra neste domingo em Nova York perto de Coney Island, no Brooklyn, provocou inúmeras inundações nas áreas mais baixas da cidade, que podem se prolongar durante todo o dia devido à maré alta.
Além disso, os ventos e as chuvas, que deixaram também árvores caídas, redes de eletricidade cortadas e incontáveis escombros, causaram o corte do fornecimento de energia de cerca de 760 mil pessoas em todo o Estado. No entanto, os arranha-céus da ilha de Manhattan quase não sofreram danos, muito longe do desastre que se temia caso Irene, o primeiro furacão que ameaçava Nova York em mais de 20 anos, tivesse mantido sua força.
Em um dos primeiros sinais de que a cidade começa a retomar a normalidade, a ordem de evacuação obrigatória, segundo anunciou Bloomberg, foi suspensa às 15h do horário local (16h de Brasília). No entanto, os serviços de transporte, que suspenderam seus percursos diante da chegada do furacão, não poderão ser retomados até esta segunda-feira, assim como os aeroportos da cidade.
Já as repartições públicas abrirão suas portas, indicou o prefeito nova-iorquino em entrevista coletiva. Wall Street também deve operar normalmente, acrescentou. O presidente americano efetuará às 17h do horário local (18h de Brasília) um pronunciamento sobre Irene.
Ventos causados pelo furacão Irene balançam árvores em Ocean City, Maryland
Surfista observa o mar na praia de Rockaway, em Nova York, antes da chegada do furacão Irene
Tempestades de areia e chuva atingem praia de Nags Head, na Carolina do Norte, neste sábado (27)




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