Los Angeles, 7/nov - O médico Conrad Murray foi condenado na segunda-feira 7 pelo homicídio culposo do cantor Michael Jackson, ao final de um julgamento que durou seis semanas e mobilizou fãs do cantor no mundo todo.
Murray dizia-se inocente pela morte do "Rei do Pop", ocorrida em junho de 2009, embora tivesse admitido que lhe injetou uma pequena dose do anestésico propofol -- principal causa da morte -- para que servisse como sonífero.
Os promotores argumentaram que o médico foi negligente ao usar o anestésico em ambiente doméstico, sem monitoramento adequado, e por demorar para chamar a ambulância e não contar à equipe de resgate qual medicamento havia sido administrado.
A defesa alegava que Jackson era dependente do propofol e causou a sua própria morte ao reforçar a dose do anestésico, quando Murray havia se ausentado do quarto do cantor, na mansão alugada onde ele vivia, em Los Angeles.
Naquela época, Murray havia sido contratado para cuidar de Jackson durante os preparativos para uma temporada de shows que deveria ocorrer em Londres.
Murray, de 58 anos, não chegou a depor no julgamento. Ao final da audiência de segunda-feira, ele saiu algemado do tribunal, e deverá ser mantido sob custódia até 29 de novembro, quando o juiz irá proferir a sentença, que pode chegar a quatro anos de prisão.
O médico engoliu em seco rapidamente ao escutar o veredicto, mas exceto por isso se manteve impassível. Do lado de fora do tribunal, mais de cem fãs de Jackson explodiram em aplausos.
O júri deliberou por cerca de nove horas, e sua decisão foi unânime.
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O médico Conrad Murray (centro) escuta o veredicto do júri, que o condenou pelo homicídio culposo do cantor Michael Jackson, em Los Angeles, nos Estados Unidos
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