Marcelo do Santos Clemente revolucionou o trabalho com usuários de crack
O médico Marcelo do Santos Clemente, 27 anos, morreu inesperadamente no dia 9 de abril de 2011 de edema pulmonar. Médico recém-formado pela USP (Universidade de São Paulo), Clemente atendia usuários da Cracolândia. Em sete meses na região, ele revolucionou o trabalho com viciados.
A mulher conta que foi deitar quando o abraçou e percebeu que ele estava desacordado. Parentes e amigos contam que o médico encarou as piores doenças e entrou onde ninguém jamais ousou entrar.
As histórias foram registradas em um diário. Lá, ele escreve: “Entrei onde muitos poucos tiveram coragem de entrar. Conheci o sistema. E achei seres humanos onde todo mundo só via bicho”.
Parentes e amigos contam que o médico ficaram assustados quando Marcelo disse que trabalharia na região. Tinham medo de doença e de tiroteios entre policiais e traficantes. Clemente, porém, abandonou tudo para cuidar dos usuários. Ele ganhou a confiança dos viciados e conseguiu entrar no meio dos viciados, revolucionando o trabalho dos médicos na Cracolândia.
Em seu diário, o médico escreveu: “O não agir e o ignorar são formas cruéis de violência”. Depois dele, nenhum médico teve coragem de entrar no local. Assistir ao vídeo:
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