segunda-feira, 16 de abril de 2012

Vizinho acha suposto diário de trio suspeito de canibalismo

Brasil

Um diário supostamente de uma das três pessoas presas em Garanhuns (PE), suspeitas de matar, esquartejar, comer e enterrar ao menos três mulheres, indica que o trio se formou em julho de 2003.
"Pretinha", que assina o diário, seria Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25, amante de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51, o "Monte", marido de Isabel Cristina Pires da Silveira, 51, a "Bel".
Suspeita de canibalismo diz que comeu o fígado e não o coração
Polícia diz que suspeitos faziam salgados com carne humana em PE
Suspeitos de canibalismo podem ter feito mais oito vítimas em PE

Folha teve acesso ao diário recolhido da casa dos suspeitos pelos vizinhos.
Os três moravam com uma criança de cinco anos, que a polícia acredita ser filha de uma das vítimas do grupo.
Bruna teria se unido ao casal com apenas 16 anos. O caderno detalha relações sexuais que a autora mantinha com o amante.
A polícia diz que eles confessaram os crimes, mas ainda não têm advogados.
VÍDEO
Um vídeo gravado mostra Isabel descrevendo como fazia os assassinatos e o preparo de salgadinhos de carne humana. A acusada revela que eles comeram 10 kg de carne humana entre três e cinco dias.
"Bruna faz dieta, mas quando ela come carne como mesmo. Agora, eu já gosto mais de arroz e não como muita carne. Essa carne só durou pouco por causa da Bruna e da menina porque elas gostam muito de carne. A menina não sabia, ela pensava que era carne comum".
"Eu não comi muito a carne porque não sou de comer muito. Eu comi o fígado e alguns pedaços do corpo, mas não comi o coração", diz.

Folha.com

Suspeita de canibalismo diz que comeu o fígado e não o coração

Um vídeo gravado mostra Isabel Cristina da Silva, uma das acusadas de matar, esquartejar e comer ao menos cinco pessoas em Pernambuco, descrevendo como fazia os assassinatos e o preparo de salgadinhos de carne humana.Isabel revela que eles comeram 10 kg de carne humana entre três e cinco dias. "Bruna faz dieta, mas quando ela come carne como mesmo. Agora, eu já gosto mais de arroz e não como muita carne. Essa carne só durou pouco por causa da Bruna e da menina porque elas gostam muito de carne. A menina não sabia, ela pensava que era carne comum".
"Eu não comi muito a carne porque não sou de comer muito. Eu comi o fígado e alguns pedaços do corpo, mas não comi o coração", diz Izabel.Isabel é casada com Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51. O casal vivia com a amante dele, Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25.
Os três são suspeitos de matar, esquartejar e comer pedaços dos corpos de pelo menos três mulheres nas cidades de Olinda e Garanhuns.
CANIBALISMO
Uma menina de 5 anos morava com eles. A polícia diz que ela é filha de Jéssica, morta por eles em 2008, em Olinda, quando tinha 17 anos.
Pedaços dos corpos das mulheres assassinadas por membros de uma seita em Garanhuns (234 km de Recife) eram utilizados para rechear salgados vendidos por uma das suspeitas, diz a Polícia Civil.
De acordo com o comissário da Delegacia de Garanhuns, Demócrito de Oliveira, a comerciante ambulante Isabel Cristina Oliveira da Silva, 51, confessou em seu depoimento que fazia e vendia pastéis e empadas nas ruas da cidade com se fossem salgados de carne bovina.
A morte de Jéssica é contada em detalhes no livro "Revelações de um esquizofrênico", escrito por Jorge em 2009 e registrado em cartório em 28 de março deste ano.
No livro, a amante de Jorge, Bruna, aparece com o nome de Jéssica, porque usava a identidade da vítima.
"Ao olhar para o corpo já sem vida da adolescente do mal, sinto um alívio. Pego uma lâmina e começo a retirar toda a sua pele, e logo depois a divido. Eu, Bel e Jéssica nos alimentamos com a carne do mal, como se fosse um ritual de purificação, e o resto eu enterro no nosso quintal", diz um trecho.
Em entrevista à TV Jornal, de Pernambuco, Jorge Negromonte da Silveira, 51, admitiu ter matado as três vítimas, mas se recusou a chamar a atitude de assassinato. "Eu digo que foi missão porque nenhuma folha cai sem a permissão do grande Deus. Todas essas pessoas estão purificadas. Todas estão com Deus e purificadas", disse Silveira, atrás das grades.
Ele disse à TV que as vítimas eram escolhidas por dois seres que ele chamou de arcanjo e querubim. "Nessas duas últimas missões, quem me ajudou foram as duas pessoas, duas crianças ainda, um branco e um negro, que desde cedo estão na minha vida e que passam todas essas informações para mim".
Jorge afirmou não ter religião e disse que comia a carne das vítimas para completar o ritual de purificação.
De acordo com ele, sua mulher, Isabel Cristina Torreão Pires da Silveira, 51, era quem atraía as vítimas. "Ela começava a mostrar filmes bons. No momento, a pessoa ia melhorando. Depois que conversava, a gente via que a hora tava certa pelas quantidades de palavras boas e palavras ruins que ela falava".
O suspeito de matar as mulheres disse não recordar o que usava para esquartejá-las, mas afirmou que não havia tortura. "Ela [a vítima], antes [de ser morta], chorava e falava alguma coisa, e eu dizia: seus pecados estão perdoados".

Suspeito de canibalismo diz que é 'esquizofrênico desde jovem'

"Esquizofrênico desde jovem, nunca deixou de seguir sua estrada. Uma estrada árdua, cheia de altos e baixos, mas que nunca o desanimou". É assim que Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51, se vê.E foi assim que ele se definiu no livro "Revelações de um esquizofrênico", onde conta em detalhes como matava, esquartejava e comia mulheres que "uma entidade" apontava como "do mal".
A Polícia Civil já identificou três vítimas, mas o número pode ser maior.
Nas 48 páginas registradas no Cartório de Notas de Garanhuns, Silveira diz que é filho de imigrantes portugueses e nasceu em Recife.
A polícia afirma que ele morou em Olinda e tem pelo menos uma passagem pela cidade de Conde, na Paraíba, onde registrou como sua a filha de uma das vítimas.
É casado com Isabel Cristina Torreão Pires da Silveira, 51, há pelo menos 30 anos.
Há pouco mais de dez anos, conheceu Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25. No livro, Jorge diz que a jovem o "atacou" com um beijo. Desde então, a "linda mulata" é sua amante. A mulher, diz ele, aceitou que a garota morasse com os dois.
Jorge apresenta-se como ex-professor de educação física da UPE (Universidade de Pernambuco), ex-professor de caratê, escritor, ator, autor, compositor e músico.
A uma TV local, disse que não se considera louco e que parou de tomar remédios controlados na adolescência, por conta própria.

Suspeito de matar e comer carne humana diz que cumpria 'missão'


O homem suspeito de matar, esquartejar e comer pedaços dos corpos de ao menos três mulheres em Olinda e Garanhuns (PE) disse que estava cumprindo uma "missão" passada por entidades espirituais.Em entrevista à TV Jornal, de Pernambuco, Jorge Negromonte da Silveira, 51, admitiu ter matado as três vítimas, mas se recusou a chamar a atitude de assassinato. "Eu digo que foi missão porque nenhuma folha cai sem a permissão do grande Deus. Todas essas pessoas estão purificadas. Todas estão com Deus e purificadas", disse Silveira, atrás das grades.
Ele disse à TV que as vítimas eram escolhidas por dois seres que ele chamou de arcanjo e querubim. "Nessas duas últimas missões, quem me ajudou foram as duas pessoas, duas crianças ainda, um branco e um negro, que desde cedo estão na minha vida e que passam todas essas informações para mim".
Jorge afirmou não ter religião e disse que comia a carne das vítimas para completar o ritual de purificação.
De acordo com ele, sua mulher, Isabel Cristina Torreão Pires da Silveira, 51, era quem atraía as vítimas. "Ela começava a mostrar filmes bons. No momento, a pessoa ia melhorando. Depois que conversava, a gente via que a hora tava certa pelas quantidades de palavras boas e palavras ruins que ela falava".
O suspeito de matar as mulheres disse não recordar o que usava para esquartejá-las, mas afirmou que não havia tortura. "Ela [a vítima], antes [de ser morta], chorava e falava alguma coisa, e eu dizia: seus pecados estão perdoados".
Reprodução de trecho do livro "Revelações de um esquizofrênico", que conta sobre crime
Reprodução de trecho do livro "Revelações de um esquizofrênico", que conta sobre crime


TRANQUILIZANTES
Jorge disse que não é "louco", mas contou que, quando mais jovem, tomava remédios de receita controlada, como tranquilizantes. "A turma falava que eu sou doido, mas eu nunca me achei doido".
A respeito da menina de cinco anos que morava com eles, o suspeito disse que era filha dele com Jéssica. A Polícia Civil aponta a mulher como a primeira vítima, morta em 2008.
Questionado se ele se considerava inocente, Jorge da Silveira respondeu: "Existe algum inocente numa guerra? [Essa é uma] guerra espiritual, que é pior que a material".
Isabel --que, segundo a polícia, confessou os crimes quando foi presa-- negou participação nas mortes na entrevista à TV Jornal e acusou Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25, amante de Jorge que morava com o casal. "Só ficava olhando de longe. Não participei de nada. Não participei de morte", disse ela, que também está presa.
A Polícia Civil diz acreditar que outras oito pessoas podem ter sido vítimas do trio suspeito de matar, esquartejar e comer pedaços dos corpos de três mulheres em Pernambuco.Os crimes já identificados na investigação aconteceram em Garanhuns (234 km de Recife) e Olinda, na região metropolitana de Recife.
Entre as outras possíveis vítimas também há homens, disse hoje (13) o comissário da Delegacia de Garanhuns Demócrito de Oliveira. Ele não quis revelar as cidades dessas pessoas para não causar pânico.
Na quinta-feira (12), o delegado Wesley Fernandes afirmou que o trio disse que matava mulheres apontadas por "entidades" como pessoas más e que ªsuperpovoavamº o planeta.
A polícia diz que chegou às prováveis novas vítimas a partir de depoimentos dos suspeitos Jorge Negromonte da Silveira, 51, da mulher dele, Isabel Cristina Torreão Pires da Silveira, 51, e da amante dele, Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25.
Sem entrar em detalhes, o comissário afirmou que esses crimes podem ter ocorrido antes de 2008, ano tido até então como o do primeiro assassinato cometido pelos três.
Os restos mortais que não eram devorados em rituais de canibalismo eram utilizados, segundo a polícia, para rechear salgados vendidos por Isabel nas ruas da cidade.

VALA
A Delegacia de Garanhuns afirmou ter encontrado uma vala aberta no quintal da casa dos suspeitos. Ela está no mesmo local onde a polícia encontrou os corpos de duas mulheres na quarta-feira (11).
A polícia diz acreditar que uma jovem de 18 anos, da cidade de Lagoa do Ouro (274 km de Recife), seria a próxima vítima. O nome dela não foi revelado.
O comissário ouvido pela Folha afirma que o trio entrou em contato com a jovem oferecendo a ela um book fotográfico. A polícia diz não saber quando ela viajaria e por que razão não chegou à cidade.

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