sexta-feira, 11 de maio de 2012

Brasileiro ajuda senhora que estava sendo assaltada e vira herói na China

O governo está fazendo uma campanha nacional para aumentar a solidariedade. E o caso protagonizado pelo gaúcho Mozer Rhian Oliveira serviu de exemplo para mostrar como os chineses devem agir



Um brasileiro virou herói na China. O que ele fez já seria notícia em qualquer lugar do mundo: impediu um assalto, mas o caso se transformou em um debate nacional.
O gesto não é nada comum no país, e os próprios chineses reconhecem. O governo está fazendo uma campanha nacional para aumentar o número de bons samaritanos. E o caso protagonizado pelo gaúcho Mozer Rhian Oliveira serviu de exemplo para mostrar como os chineses deveriam começar a agir.
O repórter Roberto Kovalick conversou com Mozer por telefone. Ele está em casa ainda se recuperando dos ferimentos que sofreu ao enfrentar três ladrões que queriam roubar a bolsa de uma mulher, um gesto heróico no meio de uma multidão indiferente. Mais de 50 pessoas assistiram à cena e só o brasileiro teve coragem de fazer alguma coisa.
O caso aconteceu na semana passada em Dongguan, no sul da China, a mais gaúcha cidade do país. Mais de três mil brasileiros moram lá, a maioria vinda do Rio Grande do Sul para trabalhar na indústria calçadista.
Mozer, de 27 anos, é um deles. Os chineses ficaram realmente agradecidos pela coragem do brasileiro. Ele recebeu uma placa, um prêmio equivalente a R$ 12 mil e muitos cumprimentos. Ele está com um curativo na testa por causa dos 15 pontos que levou ao ser agredido com uma barra de ferro por um dos ladrões.
Mozer estava passando em uma rua quando viu um ladrão botando a mão na bolsa de uma mulher. “Eu corri e bati com o meu guarda-chuva nas costas dele. Quando eu vi que eram três, corri em direção ao prédio da academia. Eles me atingiram primeiro no braço com um cinto, com a fivela grande. No que eles me atingiram, eu vi uma placa grande com uma propaganda que estava no chão para me defender. No que eu levantei para me defender, não sei como eles bateram com a placa de ferro na minha cabeça”, conta.
Mozer diz que agiu por impulso, não se considera um herói e ainda está espantado com a notoriedade que ganhou por causa do gesto. “Ela me considera um herói, me considera um super-homem. Eu sou um cidadão normal, uma pessoa trabalhadora. Eu cumpri com as minhas obrigações de cidadão”, afirma.

Globo.com

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