
O raio é uma descarga elétrica brusca, ocorre durante chuvas e tempestades, quando há contato entre nuvens de chuva ou com uma dessas nuvens e o solo. Nem tudo sobre relâmpagos é totalmente esclarecido, também não há consenso sobre sua formação. Uma explicação bastante aceita entre os cientistas é que partículas de vapor, ao subir na atmosfera, se chocam com minúsculos cristais de gelo. A colisão tira das partículas os elétrons, tornando-as positivas. Os elétrons (negativos) tendem a se acumular na parte inferior da nuvem, enquanto as partículas positivamente carregadas se concentram na parte de cima. A nuvem se torna uma pilha de 100 milhões de volts. A segregação das cargas cria um campo elétrico tão intenso que a carga positiva da nuvem repele a carga positiva do solo, bem abaixo. O campo elétrico também deixa o ar ionizado (eletricamente carregado). Os elétrons ou íons positivos se repelem mutuamente, dando-lhes mais mobilidade e, consequentemente, tornam-se melhores condutores. A ionização do ar forma um elo entre a nuvem e o solo. Este elo é o “caminho” – tortuoso e cheio de ramificações – percorrido pela descarga elétrica.
A descarga elétrica é o raio; o relâmpago é o clarão luminoso resultante dessa descarga, que aquece seu entorno e faz com que o ar superaquecido se expanda rapidamente e exploda; a onda de choque cria o som do trovão, um estrondo sônico. Percebemos o fenêmeno luminoso e depois o trovão, pois a velocidade da luz é muito superior à do som. A luz viaja a 300 mil quilômetros por segundo, isso significa que, se um fenômeno ocorrer a 300 mil quilômetro de distância, levaria um segundo para que o víssemos. Já o som viaja a 340 quilômetros por segundo; se um raio ocorrer a 1.020 quilômetros, só ouviremos o trovão depois de três segundos. Para saber a distância do raio, conte o intervalo de tempo entre o relâmpago e o trovão, depois multiplique o dado obtido (em segundos) por 340 metros. Se você viu o relâmpago e cinco segundos depois ouviu o trovão, isso foi a 1700 metros (5 x 340). Não é uma distância segura, haja vista que tudo a 40 quilômetros do raio é um alvo em potencial.
Os 200 mil amperes de um raio são mais que suficientes para matar uma pessoa, ainda assim, 90% dos atingidos sobrevivem. A maior parte do raio passa pela parte externa do corpo, circulando na umidade da pele e depois desce para o chão. Os órgãos vitais, mais interiores, sofrem menos.
Durante um temporal, evite espaços abertos e abrigar-se debaixo de árvores. Arrepio dos pelos do corpo é um péssimo sinal, significa que a pessoa tornou-se um conectante positivo, o que favorece a atração do raio. Se isso ocorrer, o recomendado é procurar um local seguro imediatamente. Na falta de um, agachar-se e agarrar os joelhos é o melhor a fazer. Um exemplo de local seguro é o interior de um veículo fechado, sem tocar partes de metal . A carga elétrica, se atingir o veículo, não afetará o passageiro, pois a carga fluirá pelo corpo metálico do veículo e será descarregada até o chão, inofensivamente. Ainda assim, é recomendado que matenha o veículo parado. O motorista pode levar um susto, perder o controle e colidir.
O abrigo ideal é uma construção fechada, com para-raios, aparato cuja função é evitar danos provocados por raios. O para-raios foi criado pelo estadunidense Benjamin Franklin, em 1749, após a famosa experiência em que empinou uma pipa em meio à chuva e verificou faíscas nas chaves atadas à linha. O equipamento é instalado no topo de prédios e construções, funciona atraindo cargas elétricas e desviando-as para o solo.
Por: André Teixeira
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