sexta-feira, 22 de junho de 2012

Caso Yoki: com prisão, Elize trocou cobertura de 500 m² por cela de 12 m² Assassina confessa do marido, ela recebeu kit com produtos de higiene e uniforme

Marcos Matsunaga
Marco Matsunaga foi morto e esquartejado no dia 19 de maio deste ano. Elize Matsunaga confessou o crime à polícia.


Acostumada com os 500 m² da cobertura triplex onde morava na Vila Leopoldina, bairro nobre da capital paulista, Elize Matsunaga, 30 anos, terá que aprender a viver em um espaço de 12 m², que deve dividir com outras colegas de cela. Desde quarta-feira (20), a Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, passou a ser o novo endereço da mulher que confessou ter matado e esquartejado o marido, o executivo da Yoki, Marcos Matsunaga, 42. Com a prisão preventiva decretada pela Justiça, o esperado é que ela permaneça por lá até o dia do julgamento.

Elize chegou à unidade por volta das 17h30, e recebeu, como é de praxe, um kit com toalha e produtos básicos de higiene, como sabonete, escova de dente e creme dental, além da calça cáqui e da blusa branca que fazem parte do uniforme do sistema prisional do estado.

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A penitenciária, conhecida por abrigar detentas de crimes que tiveram grande repercussão na mídia, comporta 100 presas, mas, atualmente, opera acima da capacidade. O R7 apurou que, nesta quinta-feira (21), havia 165 internas na unidade. O site da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) divulgava 154 detentas. Entre elas, estão Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da menina Isabella Nardoni, e Suzane Von Richthofen, condenada por planejar o assassinato dos pais, dois crimes que chocaram o país.

A ex-menina pobre de Chopinzinho (PR), que teria trabalhado como garota de programa em São Paulo, desfrutou de uma vida de luxo ao lado do executivo da Yoki. Incorporou ao seu dia-a-dia hábitos caros, como viagens para caçar e cursos de vinho. Sua rotina foi modificada no último dia 5, quando ela teve a prisão temporária decretada e foi para a Cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo, onde ocupava sozinha uma cela de 9 m².

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Em Tremembé, ela passará os primeiros 10 dias isolada, no chamado regime de observação, aplicado na primeira entrada no sistema prisional e, em algumas situações, após o procedimento de transferência.

Durante o período, ela só poderá receber visita do advogado e será analisada pela direção da penitenciária, que verificará como será a adaptação da detenta ao sistema carcerário.

É observado ainda como as demais presas se manifestam diante da presença da nova interna, se há repúdio ou acolhimento.

R7

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