sábado, 23 de fevereiro de 2013

Escolas de japonês para estrangeiros atraem brasileiros com chance de ingresso em universidades



Alunos podem contar com financiamento governamental para arcar com despesas do curso, alimentação e transporte
/ Roberto Lopes e Alexandre Higa/JPTV



Escolas especializadas em japonês para estrangeiros atraem brasileiros com possibilidade de ingresso em universidades
“Cabe a nós que trabalhamos com educação procurar um caminho para essas crianças, novos horizontes. Eu acho que isso é fundamental”, afirma Caio Marcos Kamimura


No país das etiquetas, dos modos, das tradições, o estudante estrangeiro precisa aprender até a entrar numa sala. E Antônio Kazuo Yamaguchi já está bem avançado nisso. Ele encontrou numa escola técnica em Kyoto uma forma de continuar os estudos. “Pra fugir do pensamento dos brasileiros que moram aqui no Japão de que se formou em escola brasileira, vai para a fábrica ou volta para o Brasil para estudar”, revela.

Hoje, Antonio ajuda até na apresentação da escola para outros estudantes brasileiros e o vice-diretor aproveita e faz questão de dizer que é uma escola que oferece a possibilidade de um estudo mais aprofundado da língua japonesa a ponto dos estudantes poderem avançar para um curso de nível superior.

“Temos um sistema em que o aluno, caso tenha se dedicado aos estudos, poderá pedir transferência para o terceiro ano da faculdade”, explica Hiroyuki Amakawa, vice-diretor da escola. E por mais difícil que pareça, estudar em uma universidade no Japão, é claro que faz parte dos planos dos jovens brasileiros.

“Estudo para poder ser aceito e ser reconhecido pelos japoneses como um brasileiro que saiba sobre o Japão”, diz o aluno Bruno Nojima Uemura. “Eu gosto de letras, gosto de aprender sobre outras culturas. Acho muito legal você aprender japonês, português, tudo isso no futuro, que hoje a gente precisa de línguas. Se você sabe outras línguas, você tem um futuro melhor”, conta Mariana Azevedo Kamimura que também frequenta o curso.

“Cabe a nós que trabalhamos com educação procurar um caminho para essas crianças, novos horizontes. Eu acho que isso é fundamental”, afirma Caio Marcos Kamimura, diretor de uma escola brasileira.

Mas quem vai arcar com todas as despesas? Sobre essa parte a escola também costuma dar algumas dicas, como o financiamento governamental que tem ajudado muito o Antonio. “Eu ganho mensalmente cerca de 100 mil ienes do governo japonês. Não só (para pagar) a escola, mas também despesas de transporte, alimentação. Depois que se forma, começa a trabalhar, começa a pagar de pouquinho em pouquinho essas parcelas”, explica.

Antonio conta que estudar o japonês foi o mais difícil. Mas a professora garante que nessa parte ele já está muito bem.


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