Contagem regressiva para a desativação de todas as plantas nucleares no JP

Japão

Todos os reatores nucleares do Japão enfrentam uma possível desativação, caso nenhum deles reinicie as operações antes do último reator em funcionamento ao norte do arquipélago seja desligado no mês de maio.

No momento do acidente nuclear de Fukushima em março do ano passado, 37 dos 54 reatores nucleares do Japão estavam em operação.

A Agência de Segurança Nuclear e Industrial recebeu os resultados dos testes de esforço de 16 reatores verificados desde outubro passado. Os testes foram designados para verificar se os geradores podem resistir a terremotos e tsunami.

A Comissão de Segurança Nuclear do Japão, na sexta-feira, endossou os resultados dos testes de 2 reatores na planta de Ohi, na costa do mar do Japão.

O Primeiro Ministro Yoshihiko Noda e 3 membros do Gabinete encarregados pelas questões nucleares, decidirão brevemente se o governo pode obter acordo local e reiniciar os dois reatores. A Agência de Segurança Industrial e Nuclear também finalizou avaliando outro reator na província de Ehime, no oeste do Japão.

Contagem regressiva para a desativação de todas as plantas nucleares no Japão.

A Comissão de Segurança Nuclear disse que um segundo estágio dos testes de esforço é necessário para verificar se os reatores estão preparados para severos acidentes tais como uma fusão nuclear. Municípios locais como Fukui estão exigindo que o governo apresente uma diretriz de segurança temporária que reflita temas do acidente na planta de Fukushima.

O governo estava planejando instalar uma nova agência de segurança nuclear em abril para unificar a supervisão de geração de energia nuclear.

Porém, a negociação entre o partido dominante e a oposição está bloqueada. O relatório do painel investigativo do governo, que analisou o acidente de Fukushima, poderá ser liberado em julho.

Alguns especialistas dizem que a inspeção do acidente não é suficiente no presente estágio. O foco principal do problema é como o governo julgará a segurança da planta nuclear e de que maneira ele pode convencer os governos locais.

Fonte:  NHK World/PortalMie