quarta-feira, 16 de março de 2011

Consulado retira brasileiros de área com vazamento nuclear no Japão

Itamaraty confirma financiamento de empresário nipo-brasileiro para a iniciativa
O Consulado do Brasil está retirando cidadãos de Fukushima, uma das regiões mais atingidas pelo terremoto e que vive uma crise nuclear com vazamento de radioatividade na usina nuclear 1.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), um empresário nipo-brasileiro, cujo nome não está autorizado a divulgar, é o financiador de dois ônibus que levarão os brasileiros a localidades mais próximas de Tóquio, a capital japonesa.
O consulado é o responsável pela logística da iniciativa, informou a assessoria de imprensa do Itamaraty.
No Japão vivem mais de 250 mil brasileiros, que constituem a terceira maior comunidade estrangeira do país. A maioria está concentrada no sul do arquipélago, parte que não foi afetada pelo sismo de 9 graus na escala Richter registrado na última sexta-feira (11).
Organizações brasileiras, o governo e a embaixada em Tóquio se concentraram em estabelecer contatos entre as famílias no Brasil e no Japão desde o acidente. A Cruz Vermelha lançou no último sábado (12) um site em português, destinado a localizar e reunir familiares.
Brasileiros também enfrentam perigo nuclear
Pelas estimativas da chancelaria brasileira, cerca de 400 brasileiros moram em Fukushima, Província do nordeste do país. O local abrigava instalações nucleares, que agora colocam em risco a população japonesa.
Um porta-voz da chancelaria disse à agência de notícias France Presse que, em 2009, 383 brasileiros foram contabilizados naquela área.
- As estatísticas que nos passaram o Ministério do Interior do Japão são de que na Província de Fukushima havia 383 brasileiros no último censo de 2009. Estimamos que essa cifra não mudou e que são cerca de 400 brasileiros hoje na região.
Calcula-se que em Sendai, uma das cidades mais afetadas pelo terremoto e tsunami, vivam entre 15 e 20 brasileiros.
O governo japonês não descarta a possibilidade de que tenha se desencadeado um processo de fusão do núcleo nos reatores um e três da usina nuclear Fukushima 1. Cerca de 200 mil pessoas foram retiradas daquela zona.

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