quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Estado Islâmico em nova mensagem ameaça matar refém japonês dentro de 24 horas



 A mensagem foi divulgada na internet, com a imagem do jornalista japonês Goto Kenji, segurando uma foto do piloto jordaniano capturado em Dezembro, ambos foram feitos reféns da organização extremista Estado Islâmico.

Foto imagem do piloto jordaniano sendo capturado pelos militantes do Estado Islâmico (Pic.internet)

Grupo jihadista publicou vídeo com ameaças na internet nesta terça.
Eles pedem libertação de iraquiana presa e condenada à morte na Jordânia



Segunda mensagem de Kenji Goto destinada à família e ao governo do Japão

“Eu sou Kenji Goto. Esta mensagem é para o povo japonês e para seu governo.

Esta é a minha última mensagem. Quanto mais o governo da Jordânia demora para libertar a prisioneira extremista, a minha libertação também tarda.

O governo japonês deve pressionar politicamente ao máximo a Jordânia.

O tempo está se esgotando. É a minha liberdade em troca da libertação da prisioneira extremista, não é algo tão complicado assim.

Ela está presa há 10 anos, e eu há apenas alguns meses.

É a troca dela por mim. Se o governo da Jordânia demorar mais, a morte do piloto jordaniano ficará na responsabilidade deles. 

E em seguida, serei eu o próximo a morrer. Me restam apenas 24 horas mas, o piloto tem menos tempo de vida do que eu. 

Por favor, não nos deixe morrer!

Se esgotar esse prazo, eles irão nos matar!


A bola está nas mãos da Jordânia.


O grupo Estado Islâmico (EI) ameaçou executar nas próximas 24 horas o refém japonês, Kenji Goto e o piloto jordaniano, Maaz al-Kassasbeh, se Amã não libertar a jihadista iraquiana presa e condenada à morte, segundo um novo vídeo publicado na internet nesta terça-feira (27).
O vídeo, postado em sites jihadistas, mostra uma foto do refém japonês Kenji Goto segurando a foto do piloto jordaniano, com a suposta voz de Goto formulando a ameaça. Sua autenticidade não pode ser imediatamente verificada. Autoridades japonesas se reuniram para avaliar a autenticidade.
O Japão prometeu trabalhar com a Jordânia para conseguir a soltura dos dois reféns após a morte de Haruna Yukawa, japonês decaptado na semana passada,
A crise dos reféns se tornou um teste para o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que assumiu o poder em 2012 prometendo aumentar o papel do Japão na segurança mundial.
Abe condenou a morte do cidadão japonês Haruna Yukawa cometida por militantes do EI, e pediu a soltura do veterano correspondente Kenji Goto, capturado na Síria."Gostaríamos de trabalhar junto com o governo jordaniano para assegurar a soltura de Goto", disse o ministro de Relações Exteriores japonês, Yasuhide Nakayama, a repórteres na Jordânia, na noite de segunda-feira.
Nakayama foi enviado à Jordânia na semana passada para cuidar do caso.
Os militantes desistiram de cobrar um resgate, e agora dizem que vão soltar Goto em troca da libertação de Sajida al-Rishawi, uma iraquiana condenada por ataques jihadistas que está detida na Jordânia.
Os militantes radicais capturaram um piloto jordaniano após a queda de seu avião durante uma operação da coalizão liderada pelos Estados Unidos no leste da Síria em dezembro e Nakayama disse que Japão e Jordânia podem trabalhar juntos para conseguir a soltura dele também.
Em Tóquio, Abe disse ao Parlamento, nesta terça-feira, que o Japão fará o máximo para salvar Goto.
"O terrível ato de terrorismo do Estado Islâmico é absurdo e nós condenamos firmemente", disse Abe, referindo-se a uma sigla pela qual os militantes são conhecidos.
"A situação é extremamente grave, mas faremos o nosso máximo para conseguirmos a soltura de Kenji Goto o quanto antes possível... Não vamos ceder ao terrorismo."

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